Capítulo 17

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Draco

Quando eu disse em voz alta que queria beijar Harry eu nem pensei direito nas consequências mas jamais imaginei que isso realmente fosse acontecer.

Toda essa mudança entre a gente é bem notável mas ainda assim achei que esse crush nele seria impossível de dar em algo algum dia.

Pelo jeito eu estava errado.

Quando o beijei foi diferente de todos os outros beijos em minha vida.

O que eu senti foi totalmente o clichê adolescente de borboleta no estômago, mas é real.

Ao sentir os lábios macios de Harry contra os meus uma emoção emanou por mim.

Meu coração acelerou, meu estômago revirou.

Isso foi muito bom.

Eu não pensei coisas pervertidas de Harry ou tentei investir mais diferente do que eu costumo.

Não é mentira que sou um cafajeste, ou era pelo menos.

Nunca me importei em ter um relacionamento com alguém ou criar um vínculo como sair e conversar. Eu queria o prazer e apenas isso.

Mas com Harry eu nem questionei essa possibilidade, eu só consigo pensar em como ele é fofo com vergonha ou como ele finge esconder seus sentimentos.

Talvez eu realmente esteja apaixonado por Potter.

Talvez eu sempre estive e apenas bloqueie isso.

Talvez esse bloqueio tenha ido pelos ares.

Talvez eu esteja completamentes apaixonado por ele.

Eu decidi que não vou por expectativas nisso, até porque é tudo muito novo. Vou levando e ver onde vai dar.

Harry demonstrou interesse em mim e isso significa que eu tenho uma chance, só não sei do que exatamente.

Cheguei em casa e abri um sorriso ao perceber que a primeira coisa que eu fiz foi pegar o celular e mandar uma mensagem para Harry.

Eu: Cheguei

Não demorou muito e a resposta de Harry veio.

Harry: Não me importo.

Pelo visto o efeito meu beijo já havia passado e ele voltou a ser o Harry rabugento.

Quem eu tô querendo enganar? Eu adoro o Harry rabugento! Me dá vontade de perturbar ele ainda mais só para vê-lo irritadinho.

O jeito que ele faz cara de bravo é realmente muito fofo.

Sou tirado do meu momento boiola quando ouvi minha mãe falando comigo.

- Está rindo para o telefone? - Narcisa tinha um sorriso no rosto e pela primeira vez eu não revirei os olhos.

Minha mãe falava isso as vezes, mal sabe ela que quando eu sorria assim para o celular 90% das vezes era putaria.

Em sua mente ela achava que eu estava falando com alguém e que estava paixonado. Eu sempre revirava os olhos para isso e ouvia a famosa fala " um dia ainda vou te ver namorando, meu filho".

Dessa vez até que não seria mal ouvir isso.

- Como foi hoje?

Respirei fundo.

- Complicado. Ele está melhor, ou pelo menos parecia, mas teve um surto hoje.

- Me desculpe por isso, filho.

Ela não conseguia visitá-lo e sobrava para mim o que acabava gerando uma culpa em minha mãe mesmo sabendo que não era de fato culpa dela.

- Está tudo bem, mãe, eu quero ver a senhora bem.

Devil KingOnde histórias criam vida. Descubra agora