Devil King

Capítulo 14

Draco

O aniversário da Gina tinha sido maravilhosamente bom.

A surpresa de ver Harry lá me deixou confuso, mas eu adorei.

Ao contrário do nosso encontro sábado, não tinha ficado uma situação desconfortável ou estranha, muito pelo contrário.

Nos demos muito bem nesse domingo e ficamos até mesmo mais próximos do que antes o que foi algo que eu não esperava mas gostei.

Esse domingo causou algo diferente em mim, mas do que eu já tinha antes.

O papo de Harry, seu jeito, seu cheiro e principalmente seus olhos verdes como esmeraldas não saiam de minha mente e eu estava cada vez mais me afundando nesse precipito de sentimentos confusos e conflituosos.

Nós flertamos.

Eu e Harry Potter flertamos e isso foi extremamente bom.

Não consigo parar de pensar em como eu gosto dessa aproximação, em como eu quero me aproximar mais, como eu quero ter mais contato com ele.

Em como eu quero beija-lo.

Sentir seus lábios quentes junto do meu até fazer nossos corpos incendiar.

Mas principalmente não consigo deixar de pensar nele.

No Harry.

Na composição a qual faz dele.

O som de sua voz.

O seu cheiro.

O jeito que ele faz um biquinho e bufa quando é contrariado.

Do jeito que ele age com vergonha ao flertar.

Do jeito que ele faz meu coração acelerar toda vez que me encara.

Toda vez que me encara com suas esmeraldas.

☠️

A segunda feira havia chego e com ela tudo de bom do dia anterior caiu por terra trazendo aquela sensação sufocante.

Eu me sentia sufocado.

Me sentia sufocado pois hoje era dia de visita.

Eu odiava dia de visita.

Mas não tinha outra opção se não fazê-lo, não podia negar isso ainda que eu quisesse.

Não era justo fazer tal ato.

Ainda que a vida não fosse justa.

Acordei e logo tomei um banho, não poderia me atrasar.

Evitei o café da manhã, assim como minha mãe, não iria comer nada porque meu estômago já estava embrulhado naturalmente e comer só iria piorar.

Eu odiava essa sensação de impotência.

Odiava saber que não tinha nada o qual eu pudesse fazer para mudar o que aconteceu.

Odiava saber que o mínimo que eu posso fazer é ir nessas visitas ainda que me deixe extremamente mal.

Odiava não conseguir deixar de pensar nisso.

Odiava saber que eu poderia terminar do mesmo jeito.

Odiava deixar isso me consumir.

Subi em minha moto e a pilotei até o local, com a maior velocidade que eu poderia.

Cortando os carros na esperança de cortar esse sentimento de mim.

Deixando toda a adrenalina me consumir porque quando estou assim é mais fácil de não sentir nada.