Raven

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Passando pra avisar, os dias fixos de postagem dos capítulos são terça e quinta, mas pode acontecer de eu estar de bom humor e com criatividade, então eu posto extras pra vcs em outros dias tbm sz
Comentem bastante e votem, bjs!

Hoje nós vamos jogar paintball. No combinado da lista nós fazemos algumas programações e depois ficamos um tempo conversando sem fazer nada. Foi difícil Justin me convencer, mas eu preciso ter a melhor nota. Se ele está levando a sério é porque acha que vai ser melhor que eu, mas eu saquei qual é a desse garoto. Não vou deixar ele ganhar, eu faço qualquer coisa por isso. Nós estamos um pouco mais próximos também, mas é de se esperar isso, porque o objetivo do trabalho é basicamente isso.

Depois da prisão, passei a vê-lo de uma maneira um pouco diferente, eu nunca usaria a vulnerabilidade dele contra ele mesmo. Sinto que somos um pouco semelhantes em algumas coisas, ele é uma pessoa sozinha que tem muita responsabilidade, pelo o que observei só ele cuida da sua irmã. Lembro da mãe dele e do pai, mas parece que a mãe faleceu e não sei o que aconteceu com seu pai. Eu percebe um pouco de como ele se sente quando começou a chorar na minha frente, parecia que ele carregava tantas coisas nas costas e veio tudo à tona e não aguentou.

Eu ainda não descobri quem me acusou de vender drogas na faculdade, mas isso não vai passar em branco.
A pessoa que fez isso causou um ataque de pânico no Justin. Ele pode não ligar, mas eu sei como é sentir isso na pele, vou fazer justiça não só por mim, mas por ele também.

Estou tomando banho enquanto minha mãe e Justin conversam na sala. Hoje é seu dia de folga e ele deixou Mel posar na casa de uma amiga. Nunca conheci uma pessoa tão protetora quanto ele, Mel teve que implorar e mostrar todas suas notas boas para convencer ele de que posar com as amigas era melhor do que ficar com uma idosa que não conversa muito.

Na minha opinião Sônia não é idosa e é bem adorável. Mas a percepção de uma menina de 10 anos é diferente de uma de 20, óbvio.

Saio de banho e finalizo meu cabelo, prendo firme em um rabo de cavalo.
Coloco uma calça casual preta com uma bota coturno, uma blusa cinza de gola alta e por cima a jaqueta de couro.
Nem preciso me arrumar muito porque quando chegarmos no local vamos mudar de roupa.

Saio do quarto e pego minha mochila no sofá que carrega lanches preparados e um cobertor.

Dou um beijo de despedida na minha mãe e saio com Justin.

"Sua mãe me ama." - Ele diz enquanto caminhamos em direção ao seu carro.

"Sim, e o mundo gira ao seu redor também." -Digo enquanto reviro os olhos.

"Ainda bem que você aceitou isso, estava me perguntando até quando você iria lutar contra a realidade."

Reprimo a vontade de gargalhar, esse garoto é inacreditável. Será que ele ainda vai se afogar no seu próprio ego? Não é possível.

Entramos no carro e ele da partida.
O dia está bonito, estamos no segundo semestre do ano e é verão aqui no hemisfério norte. Eu normalmente prefiro o inverno em Aspen, a cidade tem mais turistas, abre mais lojas, tem mais empregos... E o melhor de tudo, a neve.
Mas os dias ensolarados não são nada ruins também.

Percebo que estamos chegando quando entramos em um portão que dá entrada a um campo cheio de pneus, ônibus, carros destruídos e algumas construções abandonadas.

Vejo várias pessoas correndo e se escondendo, alguns atirando com as armas de brinquedo. Meu coração acelera, adoro essas coisas. Eu não me prendo a nenhum rótulo como algumas garotas fazem para agradar meninos. Eu tenho meu lado moleca, mas também tenho meu lado que ama saltos 15 e roupas da Prada e Louis Vouitton.
A vida é curta demais para se prender a um rótulo.

Ouço as batidas do seu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora