Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Kimi Tadashi
— Amorzinho, hora de acordar – abri os olhos com o chamado da minha mãe e suas leves batidinhas na porta.
Levei as mãos ao rosto e esfreguei para espantar o sono. Me sento na cama alongando os braços, e bocejando.
"Já faz 3 dias desde que Mikey me flagrou na cerejeira" penso enquanto rego a mesma. Faz 3 três dias que ele anda estranho, não só ele mas seus amigos mais próximos.
"Aconteceu algo?" me pergunto enquanto escovo os dentes, após terminar vou até o chuveiro tomar um banho gelado.
Assim que termino de me vestir pego minha mochila e dou mais uma olhada no meu quarto, daí vejo aquele moletom.
"Tenho que devolver isso" anoto na memória enquanto desço as escadas para a sala e me direciono para a cozinha.
— Bom dia♡ – sorrio ao ver minha mãe tomando café.
— Bom dia – retribuiu o sorrisso.
Me sirvo com uma pequena caixinha de leite e um misto.
— Tenho plantão hoje, então não vou voltar, se cuida tá – minha mãe grita quando me vê saindo pela porta.
Murmúro um "Ok" fechando a porta. Caminho tranquilamente em direção ao meu trabalho.
Diferente da minha mãe que é apaixonada pela medicina tanto que se formou em Neurocirurgia e exerce tal cargo. Puxei ao meu pai quando o assunto é paixão, meu pai sempre foi um apreciador da culinária, mas em especial os doces.
Ele me tornou tão apaixonada nesse assunto quanto ele, desde sempre cozinhando juntinhos e fazendo novos doces. A mamãe sempre nos dava broncas sobre estar se entupindo de açúcar, mas o papai nunca escutou.
Perdi meu pai quando tinha apenas doze anos, ele protegeu uma mulher num assalto e acabou sendo baleado. Naquele dia eu estava assistindo tv quando aquela notícia passou.
Eu não podia acreditar...
Ele prometeu que me ensinaria um doce novo quando chegasse...
Tive que ser forte por duas, porque quando soube a mamãe desabou. Ela ainda estava na faculdade quando teve que vender tudo, inclusive a padaria dele. Eu não queria... Mas quase não a ver em casa, pois ela estava se matando de tanto trabalhar por nós duas, me fez mudar de ideia.
Ela nunca recebeu ajuda de ninguém, afinal sempre éramos nós três...
A nossa mudança para tokyo mudou tudo, ela encontrou cor novamente quando viu seu esforço finalmente ser recompensado. Passou de uma ninguém a melhor neurocirurgiã de Shibuya.
