Maldita Boca

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Oi gente

Demorei um pouquinho mas cá estou

Estava com saudades de vocês já

Música de hoje Expectations Lauren Jauregui - playlist Red Line Fic no Spotify

Boa leitura

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POV SARAH

Acordei pela manhã com alguém fazendo barulho e assim que abri os olhos, vi a Thaís arrastando uma mala enorme pela cabana.

Olhei para o lado e Juliette dormia esparramada no colchão feito uma criança, uma cena fofa de se ver e imediatamente minha mente foi até a noite interior.

Meu Deus, Juliette Freire é louca e eu mais ainda por deixar ela fazer aquilo sem pensar nas consequências.

Mas eu confesso: perdi o rumo quando a boca macia dela encostou na minha, foi como se eu estivesse flutuando pelo espaço, como se o chão não existisse embaixo dos meus pés. Uma completa loucura.

Porém não podemos ser inconsequentes como se fôssemos duas adolescentes com os hormônios à flor da pele, e além do mais, eu sou casada!

Ok, meu casamento não é o mais perfeito e nem é exemplo para nada, mas eu odeio me sentir dessa forma, estou traindo meu marido.

Meu inconsciente grita para que eu acabe com essa palhaçada de uma vez por todas e não é pela morena, é por mim, mas quem disse que eu tenho coragem?

– Bom dia, Sarah – ouvi a Thaís me cumprimentar e percebi que estava há alguns minutos olhando para cima perdida em meus devaneios.

– Bom dia – me levantei – Quer ajuda?

– Ah, não precisa – deu de ombros e eu acenei, entrando no banheiro logo em seguida para fazer minha higiene matinal.

Não demorei no banheiro, mas assim que saí, vi a Juliette sentada na cama e coçando os olhos, ela parecia realmente uma criança.

Me aproximei da minha mochila para pegar alguma roupa e após escolher um short preto e uma blusa vermelha, voltei para o banheiro para me trocar.

– Por acaso Dormiu comigo, Sarah? – ouvi a morena perguntar antes que eu entrasse no banheiro e me virei para olhá-la.

– Bom dia, Juliette – falei com uma simpatia exagerada e ela riu balançando a cabeça negativamente.

– Dormiu bem? – ela perguntou após eu entrar no banheiro e fechar a porta.

– Feito um anjo – respondi enquanto me vestia – Há tempos não dormia assim, seu remédio funcionou mesmo – Juliette riu alto.

– Remédio? – escutei a voz de Thaís.

– Você está tomando remédio para dormir, Juliette? – tive vontade de gargalhar, mas me contive ao abrir a porta, a morena estava vermelha de tanto segurar a risada enquanto a outra parecia perdida.

– Não, o remédio que ela quis dizer era... – ela começou, mas a Juliette era uma péssima mentirosa.

– Uma massagem – falei rapidamente e Thaís nos olhou surpresa – Eu tenho muita dor nas costas e ela se ofereceu para fazer uma massagem.

– É – concordou virando de costas e indo até a bolsa dela – Vou escovar os dentes, já volto.

– Massagem, né? – Thaís me olhou desconfiada e eu fiz a minha melhor cara de cínica até ela desistir.

– Vamos, os pais já devem estar chegando para o café da manhã.

Saímos da cabana sem esperar Juliette e encontramos Kerline no meio do caminho conversando com o marido Bill, nos cumprimentamos e seguimos para o refeitório deixando-os para trás.

Red Line - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora