Capítulo 31

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N.A: Será que vem aí o tão esperado reencontro?


Arthur sentou-se na parte inferior do escorregador das crianças e fez beicinho para Vitória. "Estou preso, pequena!"

"Não, você não está!" Vitória deu uma risadinha, sabendo muito bem que Arthur estava brincando.

Viviane assistia a cena de um banco na beira do playground. Kerline não pôde vir, mas Arthur aproveitou a chance. Ele passou a última hora e meia correndo ao redor do parque cansando não só Vitória, mas também todas as outras crianças. Assim que chegaram ao parque, Vitória mencionou o nome de Juliette novamente, e Viviane e Arthur trocaram um olhar receoso antes de Arthur decidir distrair Vitória.

Viviane também brincou até que a exaustão começou a dominá-la, e então ela se curvou para sentar e assistir. A preocupação sempre presente no fundo de sua mente ressurgiu. Por quanto tempo ela seria capaz de manter esse cronograma de voo? Ela ia e voltava de Londres para Nova York tanto que mal sabia onde estava. E Arthur estava certo, o cansaço e a exaustão estavam crescendo e crescendo.

Ela olhou para ele enquanto ele se sentava no banco ao lado dela. "Uau, as crianças têm muita energia."

Viviane riu. "Você as acompanhou por muito tempo."

"Elas me venceram no final." Arthur sorriu.

Eles observaram Vitória e algumas outras crianças formarem um círculo, observando uma lagarta na grama. Viviane podia ouvi-los debater quantos dentes ela tinha e que tipo de cobra era.

O telefone de Arthur tocou e ele olhou para a tela. "É do trabalho."

Ele atendeu, e Viviane ouviu sua versão da conversa com interesse. A ligação durou apenas alguns minutos, e Arthur quase não disse nada além de concordar com o que estava sendo dito. Ele desligou e lambeu os lábios nervosamente.

"Estamos presos sem voos."

"O que?" Viviane exclamou. "Por que?"

"Cancelamentos em massa após a quebra do trem de pouso." Arthur olhou para verificar se Vitória não estava ouvindo.

"Nosso voo foi cancelado, o voo anterior está levando nossos passageiros e estamos parados."

"Mas..." Viviane parou, sabendo que não havia nada que ela pudesse dizer para mudar o que estava acontecendo.

Um medo frio subiu por sua espinha. Ela simplesmente não podia deixar de trabalhar. Ela se arrependeu de admitir sua exaustão anterior, de repente desejando poder dobrar seus turnos.

"Talvez Karoline mova você para o turno anterior?" Arthur sugeriu esperançoso.

"Karoline me odeia. Ela está convencida de que fiz algo errado quando implorei a ela para me deixar ir para o convés superior. Eu sei que ela estava bisbilhotando. E eu fui a última a entrar, então serei a primeira a sair."

"Você não sabe disso," Arthur ofereceu.

Viviane deu uma risada. "Sim. Só porque estamos a trinta mil pés no ar não significa que não temos política de escritório."

"Bem, aconteça o que acontecer, você sabe que Kerline e eu estamos aqui para ajudá-la." Arthur colocou o braço em volta dela e puxou-a para perto.

Vitória se aproximou, claramente inconsciente de qualquer tensão no ar. Ela apontou para um menino mais velho que estava brincando com ela antes. "Aquele menino disse que a lagarta tinha um gosto engraçado."

***

Viviane destrancou a porta da frente e ficou de lado enquanto Arthur carregava uma Vitória adormecida para dentro de casa. Kerline olhou para a cena com um sorriso afetuoso e beijou Arthur na bochecha quando ele passou para colocar Vitória na cama para um merecido cochilo à tarde.

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