Juliette entrou mancando na sala de estar da suíte do hotel. Seu braço direito estava solto em uma tipoia, e seu braço esquerdo apoiado pesadamente em uma muleta enquanto ela tentava parecer que não sentia dor.
"Você levantou." Manu se levantou do sofá, pronta para entrar em ação caso ela caísse.
"Eu não vou passar mais um minuto naquele quarto," Juliette resmungou. "É terça-feira de manhã."
"Sim." Manu concordou.
Juliette se afastou dela e foi para a cozinha, sendo seguida pela mais nova até o cômodo.
"Para onde foi a segunda-feira?" ela perguntou.
Manu a guiou gentilmente até uma cadeira. "Você passou a maior parte do domingo falando sobre, bem, tudo. Você estava tão exausta que dormiu a segunda-feira inteira, exceto quando eu levava as refeições."
Juliette balançou a cabeça. "Eu não me lembro de nada disso. Onde está meu celular?"
"O analgésico atingiu você muito forte. Mas não deixe que isso a desencoraje de tomá-lo. Vai ser melhor do que a dor."
"Perder dois dias é melhor?" Juliette perguntou duvidosa, olhando ao redor da sala com o cenho franzido.
"Sim, confie em mim," disse ele. "Posso pegar algo para você comer?"
"Onde está meu celular?"
"Coloquei pra carregar pra você," Manu evitou. "Torrada? Cereal? Que tal café?"
"Talvez um pouco de torrada." Ela o olhou com desconfiança. "O que está acontecendo?"
"Nada." Manu abriu um armário e tirou um pão. "Como você está se sentindo? Alguma tontura? Disseram que deveríamos voltar se você sentir tonturas ou náuseas."
"Você está... nervosa." Ela se virou e Juliette a estudou, franzindo a testa enquanto tentava se concentrar.
"Tem certeza de que não está se sentindo tonta?"
"Manu," Juliette disse lentamente em um tom de advertência.
Manu colocou dois pedaços de pão na torradeira. Ela se virou para encostar as costas na bancada e cruzou os braços sobre o peito. "Tenho algumas notícias relacionadas ao trabalho e você não vai gostar."
"Continue."
"Talvez devesse comer algo primeiro," ela sugeriu.
Juliette olhou feio para ela. "Não me faça perguntar de novo, Manoela."
Ela soltou um suspiro nervoso. "Ok, perdemos Techtrix, Maddison's-" Juliette piscou.
"Me desculpe, o que você quer dizer com perdemos? O banco de dados está apresentando problemas de novo?"
Manu respirou fundo. "Não, quero dizer que nos deixaram."
"Eles... eles rescindiram seus contratos conosco?" Juliette se esforçou para entender e começou a ajustar a muleta para que pudesse se levantar novamente.
"Sim."
"Ambos?" ela esclareceu, levantando-se da cadeira com a mão boa e agarrando a muleta.
"Sim e outros."
"Outros?" Juliette deu a ela um olhar em pânico.
"Holder e Son, Grants, RRG e YSA protocolaram notificação. E outros estão perguntando sobre os termos de seus contratos."
"Por que? O que aconteceu? Eu não entendo..." A força de Juliette começou a ceder. Manu a pegou e a abaixou suavemente de volta na cadeira.
"Arcrebiano." Manu se ajoelhou na frente de sua cadeira, evitando efetivamente que ela se levantasse.
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Flight PJA016
FanfictionEstimulada por dívidas gigantescas e cada vez maiores, Viviane Queiroz consegue um emprego na primeira classe da tão prestigiada rota de Nova York para Londres com a Crown Airlines. Uma agenda cansativa com dois transatlânticos significa que ela est...