N.A.: O que será que vem aí?
Manu saiu do táxi e olhou para o bar com uma inclinação de cabeça. Dizer que ela estava surpresa por Juliette ter pisado nesse lugar era um eufemismo.
Ela colocou o celular entre o ombro e a orelha enquanto pagava ao motorista. "Bem, estou no endereço que ela me deu."
"Você não parece muito certo?" Jullio respondeu.
"É um lixo." Ela deu uma risadinha.
"Não pode ser tão ruim, Juliette não parece o tipo de pessoa que-"
"É um lixo," Manu reiterou. "A placa é um cacto de desenho animado piscando e usando um sombreiro." Ela verificou a rua e o nome do bar para ter certeza absoluta de que estava no lugar certo.
"Talvez seja irônico?"
"Veremos." Ela entrou no bar e olhou ao redor da sala mal iluminada. "Obrigada por se juntar a mim na 'aventura de encontrar minha chefe. Tenho certeza de que você tem coisas melhores para fazer."
"Imagina." Jullio riu. "Você está me salvando de estudos tediosos. Estou intrigado."
Sabendo que ele não podia ver seu rosto, ela deu um sorriso triste. Ela sentia muita falta dele, mas não queria dizer isso e tornar a vontade de voltar para casa ainda maior. Seus olhos continuaram a examinar a sala até que ela finalmente encontrou Juliette. No começo ela não a reconheceu. Ela piscou algumas vezes em estado de choque.
"Oh merda," ela murmurou.
"E aí?"
"Manu! Venha conhecer meus novos amigos!" Juliette acenou animadamente para ela.
"Está tudo bem," Manu sussurrou ao telefone com um sorriso forçado. "Eu te ligo de volta mais tarde."
Ela desligou e olhou para os dois motoqueiros do Hells Angels que estavam sentados em frente a Juliette em uma mesa de canto. Ambos os homens estavam na casa dos quarenta, musculosos, tatuados e cobertos de couro. Manu lambeu os lábios secos nervosamente enquanto se aproximava da mesa, o sorriso ainda firmemente fixado em seu rosto. Ela não tinha nada contra motoqueiros - não que tivesse conhecido algum. Todo o seu conhecimento deles vinha de obras de ficção, mas ela tinha certeza de que eram pessoas perfeitamente legais. Sua preocupação era com Juliette, que tinha a tendência de falar o que pensava e não considerar o resultado potencial de suas palavras.
"Este é o Doninho Louco." Juliette apontou para um dos homens, depois para o outro. "E Matador. Rapazes, esta é Manu."
"Olá," Manu cumprimentou, se perguntando como ela iria extrair Juliette com segurança.
"Sua amiga está muito bêbada," Matador disse a ela.
"Pensamos em ficar com ela até você aparecer," explicou Doninho Louco. "Uma mulher bonita em um lugar como este e ainda com uma perna ruim."
"Eles assinaram meu gesso," Juliette disse a Manu animadamente. "Olha!" Ela caminhou um pouco para trás e balançou o gesso para ela ver.
Ela já tinha visto Juliette beber antes, mas nunca a tinha visto bêbada. Ela fingiu estar olhando para o gesso dela com interesse. "Oh, sim, isso é adorável," disse ela. "Talvez seja hora de ir para casa, no entanto."
"Ela está engolindo margaritas como se fosse água," Matador explicou com um gesto em direção aos copos vazios na mesa.
Manu olhou para os copos e esperou que alguns deles pertencessem aos dois homens, mas de alguma forma duvidou pela forma como Juliette estava oscilando.
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Flight PJA016
FanfictionEstimulada por dívidas gigantescas e cada vez maiores, Viviane Queiroz consegue um emprego na primeira classe da tão prestigiada rota de Nova York para Londres com a Crown Airlines. Uma agenda cansativa com dois transatlânticos significa que ela est...