Acidentalmente Apaixonados - Kakairu (+18)

• Aproximando •

Três dias após o acidente se passaram, era uma manhã de sol, o grande quarto do lutador estava em um completo silêncio, graças à altitude do seu apartamento e às paredes antirruídos, era possível ouvir apenas um som, um leve barulhinho do ar condicionado que esfriava e deixava o clima do ambiente bastante aconchegante.

Iruka se encontrava ainda deitado em sua cama, um pouco entediado, para uma pessoa que possui uma vida extremamente ativa, ficar em casa repousando sem fazer nada é extremamente incomodativo. O moreno, cansou de estar parado, levantou-se com cuidado e foi para o banheiro, lavou o rosto e escovou os dentes. Voltou para o quarto, abriu as cortinas que cobriam o clarão que adentrava a grande janela de vidro e observou as ruas movimentadas por um instante, voltou-se para a sua cama e a arrumou, dobrou e guardou os lençóis e o cobertor, forrou a cama e organizou seus travesseiros.

Saiu de seu quarto e passou no quarto de hóspedes que Kurenai estava dormindo para acordá-la, não queria atrapalhar o sono da melhor amiga, mas estava com fome e a cozinha ficava no outro andar do apartamento e ele não conseguia descer as escadas sozinho, até poderia tentar mas tinha medo de se machucar e agravar a sua lesão, o que não podia acontecer pois ele tinha vários compromissos importantes marcados. Ao chegar em frente ao quarto, bateu na porta.

-Kurenai, está acordada?- o moreno perguntou ainda do lado de fora do quarto e ouviu a mulher responder um "sim" abafado do outro lado e um pedido para que entrasse, o que fez rapidamente.

-Bom dia! Dormiu bem?- a mulher de cabelos negros disse enquanto terminava de dobrar o cobertor que havia usado.

-Bom dia!- o Umino sorriu.- dormi bem sim e você?

-Como um bebê! E aí? Está com fome?- Kurenai se aproximou do amigo.- porque eu estou faminta.

-Exatamente para isso que eu vim te chamar!- Iruka enlaçou o braço da amiga, a puxando para fora do quarto.

-Hoje eu vou fazer um café da manhã especial para nós dois!- a mulher disse animada.

-Isso!- o moreno comemorou.

Desceram as escadas e foram para a cozinha, Kurenai cozinhava no balcão enquanto conversavam, Iruka estava sentado no banco do balcão e observava a sua própria cozinha com um brilho nos olhos, os armários feitos sob medida em um tom cinza com detalhes espelhados, o balcão em formato de ilha da mesma cor, com os mesmos detalhes e uma pedra de mármore preto, bancos modernos também pretos, três lustres de formas geométricas em um cinza escuro, a lava-louças, o forno independente, o cooktop, a geladeira moderna de duas portas e um pequeno armário independente da mesma cor do outro, onde guarda vinhos, champanhes e taças de cristal. O Iruka de quatro anos que foi deixado em um orfanato jamais imaginaria que teria um imóvel tão caro daquele em seu nome, o moreno sentia orgulho de si mesmo por ter chegado tão longe, mesmo com tantas dificuldades.

-Alô? Terra chamando Iruka!- a mulher disse, chamando a atenção do moreno.

-Ah! Desculpa, eu me distraí.- o Umino disse e deu uma risadinha.

-Sem problemas.- Kurenai deu uma piscadinha enquanto se aproximava dele com uma bandeja com o café da manhã.- prontinho, café com leite, torradas, panquecas e bolo! Do jeitinho que você gosta.

-Você é a melhor, Kurenai!- Iruka sorriu para a mulher e começou a comer.- hmmm! Isso tá uma delícia!

-Eu sei, eu sei! Eu sou incrível.- a mulher disse e os dois riram.

Comeram o café da manhã, juntos enquanto conversavam. Ao terminar foram para a sala para assistir a um filme. O Umino sente o seu celular vibrar e quando olha, vê uma mensagem do platinado, eles sempre conversavam por mensagem, o moreno deu um sorriso ao ver que era ele.