11 - Noite das Garotas

55 7 8
                                    

– Pare de encarar. – Recebi um cutucão de Dinah.

– Não estou encarando. – Me olhou arqueando as sobrancelhas. – Só cumprimentei.

– Não quero começar uma briga com você por conta disso. Mas se precisar eu vou.

– Tudo bem.

– Só não quero que você sofra.

– Está tudo bem, Chee. – Segurei em sua mão para passar confiança. – De verdade. – Ela me olhou com um olhar repreensivo, mas logo cedeu.

Tirei os olhos da morena e voltei a prestar atenção na conversa das meninas.

– Quero mais tequila. – Pediu a mais alterada.

– Acho melhor não gente...– Repreendeu a menor.

– Por que não? Eu quero beber. – A morena fez um biquinho.

– Controla sua garota, Dinah.

– Eu também quero beber. – Dinah falou tomando o último gole da garrafa.

– Deixa pra ser mãe outro dia Ally, hoje merece uma comemoração.

– Além do mais amanhã é domingo. – Completei.

– Ok, façam o que quiserem, mas eu não vou ser responsável por nenhuma de vocês. – Alertou.

– Uhum. – Ironizamos.

Depois dessa briguinha de responsabilidade, pedimos mais uma garrafa de tequila. Hoje era para ser um dia feliz e iríamos comemorar bebendo.

– Você já bebeu demais Mani. – Tirei o copo de bebida da frente, a impedindo de ser a primeira a passar vergonha.

Como eu não ficava bêbada facilmente, enchi um copinho de tequila e virei de uma vez na boca.

– Oi. – Quase engasguei com o líquido que tinha acabado de tomar.

Me virei lentamente para encarar aquelas esmeraldas verdes. Antes que eu pudesse respondê-la, Dinah foi mais rápida.

– O que você quer, Jauregui?

– Dinah! – Eu e Ally falamos ao mesmo tempo.

– Eu só quero falar com a Camila, posso falar com você? – Se dirigiu à mim.

Eu sabia que a qualquer momento a maior poderia agir com alguma atitude inesperada, olhei para a loira pedindo por favor para ela se acalmar. Então me levantei e acompanhei a morena até o bar.

– Ela me odeia.

– Dinah? – concordou. – Não! No coração dela não tem espaço para odiar, ela só é muito protetora.

– Sei. – Ela estava visivelmente nervosa, até que coçou a garganta para falar. – Então...

– Pode falar. Antes que sua namorada venha tirar satisfação comigo.

– Nathan, traz a pipoca. – Vero brincou com o barman. – Estava com saudade dessa tensão sexual.

– O que? – Franzi a testa.

Só percebi que a amiga da mulher estava ali, quando ela se intrometeu na conversa. Os dois estavam sentados em uma mesa bem próximo ao balcão, nos espiando.

– Viadagem, você quer dizer. – O rapaz disse, rindo da situação.

– Vocês dois não se mancam mesmo. Vazem daqui! – Espantou-lhes.

– Vamos Bass, não queria servir de castiçal para essas duas mesmo.

– Ah, mas eu queria...– Tirou o celular do bolso e capturou uma imagem nossa. – Só pra não ter como negar depois.

Quem é o culpado?Onde histórias criam vida. Descubra agora