Point of view_Lauren
Superar alguém não é nada fácil. O começo é a pior parte, é como se o chão saísse do lugar e o vazio que se faz por dentro é uma imensidão de sentimentos negativos. Quando passamos muito tempo com uma pessoa, nos tornamos depende dela, ficamos tão acostumados com os carinhos e as demonstrações de amor. No momento em que senti que perdi Camila para sempre, foi meio que um choque de realidade. Desenvolvi insônia, passei várias noites acordada, me sentindo culpada pelo que fiz, sofri alterações de apetite, vezes comia muito, outras eu nem sequer tocava na comida durante um dia inteiro. Terminar um relacionamento com quem amamos é devastador.Com o tempo eu me acostumei com a falta que ela me fazia, não totalmente, claro. Mas agora não dói tanto como antes. Especialistas dizem, que a dor de um término pode ser comparada com a dor do luto. Achava essa pesquisa um tanto exagerada, "até passar descalça pelo fogo", digamos assim. Segui os conselhos do maravilhoso, Augustos Waters: "O problema da dor é que ela precisa ser sentida".
E eu senti...
[...]
Comecei a sentir um certo incômodo. Minha cabeça estava girando, meus olhos foram forçados a verem a luz do dia, que impiedosamente machucavam minhas retinas. Quem deixou a cortina aberta? Tentei me levantar, mas a dor me venceu, fazendo-me cair novamente na cama. Umedeci os lábios, tentando encontrar algum vestígio de saliva, que matasse minha sede, mas foi devido ao peso que elas causavam em mim.
- Inferno! - Xinguei. - Nunca mais eu bebo.
Levei meus olhos até o criado-mudo, franzi o cenho para aquilo. A sede era tanta que nem importei, peguei logo o copo com água, que ali estava e bebi de uma só vez, junto com o remédio conhecido por mim. Será que foi Vero?
Era muito raro me lembrar do que acontecia na noite anterior, depois de me jogar no álcool. Larguei os pensamentos de lado e fui tomar meu banho. Reparei que minhas roupas não eram as mesmas que eu vestia ontem. Estranho. Porém não me importei. Deixei que a água me levasse para longe e me permitir lembrar de um sonho que tive essa noite. Era ela, estava aqui, mas só poderia ser um sonho. Não me perdoaria se fosse real e eu não tivesse sóbria para vê-la. Terminei meu banho e fui direto ligar para meus amigos.
13h00 AM
Com o tempo o remédio fez efeito e eu já não sentia tanta dor, liguei para recepção e pedi um café. Não tinha hora exata para comer e nem para dormir.
A porta se abriu, mostrando um rosto tão conhecido por mim.
- Eu sempre esqueço que você é ousado o suficiente, para entrar sem ser anunciado e sem permissão.
- Eu sou dono desse hotel, Jauregui. E sou seu amigo. - Disse, após me cumprimentar. - Como você está?
- Deixa de ser convencido, Charlie. - Dei um leve empurrão em seu ombro. - Acho que bebi demais.
Sentou-se no sofá, ao meu lado, com os olhos fixos em mim.
- Não é novidade.
- Agrh. - Bufei.
- Eu e Verônica estávamos na festa, e vimos quando você saiu com aquela tal de Turner.
Que merda, tinha me esquecido da Sofia. A garota que eu estou namorando à dois meses. Então ela que me trouxe pra casa e cuidou de mim.
- Menos mal. - Acabei falando alto.
- Ok. Por que me chamou aqui? Aconteceu algo? - Perguntou desconfiado.
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Quem é o culpado?
FanfictionA verdade é como uma lâmina nos pulsos. Com ela não tem negociação, é uma linha reta e sem curvas. É poder ou refúgio. A verdade não é invenção, não é enganosa. Ela é exatamente o que vemos... Verdade. Camila Cabello é uma jovem de apenas 22 anos...