Point of view_LaurenHoje resolvi encontrar com a minha irmã em uma cafeteria na avenida Houston. Pedi um cappuccino e uma torta de maçã. Abri meu notebook e comecei o dia me atualizando sobre os assuntos que seriam publicados na próxima semana.
A porta da cafeteria foi aberta, mostrando a figura grotesca do homem, ele ficou surpreso ao me ver e seguiu cambaleando em minha direção.
– Filha? Você voltou? – Parou na minha frente com um falso sorriso.
– Fala logo o que você quer. – Levantei os olhos e voltei a rolar o mouse do notebook.
– Isso é jeito de falar comigo garota? – Se aproximou com um bafo de álcool.
– Tanto faz. – Permaneci sem encará-lo.
– Eu sou seu pai, Lauren.
– Infelizmente. – Cruzei as mãos por cima da mesa e o encarei. – O que você quer?
– Eu só queria te ver. – Continuou cínico.
– Não vou te dar nenhum centavo, Michael.
– Garota inútil. – Disse em um tom grosseiro. – Ao menos me faça um favor. – Tirou um papel do bolso e rabiscou alguma coisa ali. – Entrega isso pra sua mãe, eu não posso chegar perto dela.
– Ok.
– Eu já vou.
– Não foi ainda? – Perguntei impaciente.
– Tchau, filha. – Senti vontade de vomitar naquele momento. Nem fiz questão de responder, fechei meu notebook e peguei o pedaço de papel que ele deixou.
"Clara, estou arrependido. Me deixa voltar para casa. Eu amo você, amo nossos filhos. Não deveria ter dormido com aquela mulher, me perdoa".
– Eca.
Amassei o papel e me levantei para jogar dentro da lixeira. Pouparia minha mãe de mais estresse. Voltei para a mesa e ouvi uma voz familiar.
– Laur? – A mulher nem me deu tempo de responder e já me puxou para um abraço. – Que saudade.
– Lena! – Retribuí o abraço, meio desajeitada. – Saudade também.
– Quanto tempo faz? – Perguntou com a voz abafada.
– Muito. – Me soltei dela e admirei seu rosto por uns segundos. – Nossa, não sei como consegui ficar longe esse tempo todo.
Depois de nos sentarmos ela pediu uma xícara de café expresso, que rapidamente foi servida.
– Você veio pra ficar? – Tomou um gole do café, deixando a marca do batom vermelho na xícara.
– Não, vou ficar somente por dois meses.
– Espera só a mamãe saber disso. – Tratei de sorrir só por imaginar a cena.
– Falando nela, como ela está?
– Ultimamente ela anda bem feliz, como se tivesse se libertado. – Mais um sorriso rasgou meu rosto de tamanho contentamento.
– Fiz bem jogar o bilhete no lixo então.
– O que? – Expressou confusão.
– Michael apareceu aqui antes de você chegar, estava bêbado. Pediu para entregar um bilhete para mamãe.
– Deixa eu adivinhar. – Cruzou as mãos encima da mesa. – Ele quer voltar pra casa.
– Sim, diz estar arrependido, mas sabemos que não é verdade.
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Quem é o culpado?
FanfictionA verdade é como uma lâmina nos pulsos. Com ela não tem negociação, é uma linha reta e sem curvas. É poder ou refúgio. A verdade não é invenção, não é enganosa. Ela é exatamente o que vemos... Verdade. Camila Cabello é uma jovem de apenas 22 anos...