Estrondo

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Olha quem voltou depois de um sumiço de um mês? Hahaha Nem vou ficar dando desculpas! 

InuYasha não me pertence, e sim à Rumiko Takahashi! 

Boa leitura!

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Kagome POV

- Um Javali?

- E qual o problema? – ele cruzou os braços e escorou-se com o ombro esquerdo na entrada do cômodo.

- Isso vai demorar horas para cozinhar, InuYasha! – coloquei a mão na testa. – "Agora uma panela de pressão cairia tão bem..."

- Se você picar em pedaços pequenos não fica mais fácil cozinhar, Kagome? – Shippou perguntou, olhando o javali de cima do ombro da sacerdotisa.

- Pode ser... Mas, não tenho uma lâmina afiada para isso.

- Keh! Não seja uma bobona... Deixe comigo! – InuYasha foi tirando a Tessaiga e ela se transformou.

- Hã hã! Nada disso! – apontei para a saída – Lá fora! Não vai cortar esse bicho aqui dentro!

- De novo... Qual o problema? – ele arqueou a sobrancelha.

- Quer que eu use o kotodama? Tô por um fio, louquinha pra dizer uma palavrinha!

InuYasha deu um passo para trás e me olhou como um cãozinho assustado. Às vezes eu penso que se eu tivesse usado metade do esforço que tenho em aguentar as loucuras do InuYasha no teatro do festival – aquele em que ele quase mata o Houjo – eu estaria bombando em Hollywood.

Miroku veio para o meu lado com um sorriso no canto do lábio. Vimos Shippou saltar do meu ombro e acompanhar um hanyou que foi bufando até o lado externo. Acredito que o coitado do javali sofreria às custas da minha fúria, só que pelas mãos do InuYasha.

- Você sabe como colocar ele no lugar, sabia? Senti falta disso. – Tocou o meu ombro e sentou-se à minha direita.

- Se você diz... – sorri e olhei os cogumelos que InuYasha também havia trazido.

- O InuYasha jamais vai admitir, mas você bota medo nele... Até na gente algumas vezes! – a gota escorreu na minha testa e eu respirei fundo.

- Sou tão assustadora assim? – eu olhei com um sorrisinho derrotado.

- Não assustadora... Acho que não é essa a palavra. – colocou a mão no queixo. – A Sango sim bota medo! – ele gargalhou. – Estou com saudade dela... – suspirou em seguida.

- Você pode voltar para lá por um tempo, Miroku. Eles estão estáveis. Eu dou conta de tudo. – dei o meu sorriso mais otimista para ele.

Mas Miroku me olhou um tanto preocupado. Como se ele soubesse de algo. Será que é o mesmo que InuYasha me esconde?

- Sei que você dá conta de tudo. Entretanto, tenho um pressentimento ruim, senhorita Kagome.

- Do que?

- É uma energia forte que parece nos rondar, principalmente nos entardeceres...

- Já senti isso também, mas achei que era do veneno que queima nos três. – senti um arrepio.

- É algo maior que isso, Kagome... Com certeza. – cruzou os braços e suspirou com os olhos fechados – Não quero deixá-los sozinhos e sabendo que tem uma energia tão densa e obscura nos rondando.

- Eu te entendo, mas... – olhei-o. – Aposto que Sango está com saudade de você. Preocupada... E seus filhos precisam de você também.

- Essa pressão agora foi covardia. – ele riu e me fitou.

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