Capítulo 19

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Levanto cedo e preparo o café da manhã, ovos com bacon e torrada.

-- Bom dia Pulguinha.

-- Bom dia.

Ele aparece na porta da cozinha somente de calção, esfregando os olhos se aproxima e beija minha bochecha.
Encho o pote da Paty com ração e sento na mesa para fazer companhia a ele.

-- Vai trabalhar hoje?

-- Sim, mas volto cedo.

-- Eu queria te levar, mas não sei se voltei de carro.

Acabo rindo, realmente ontem não ouvi a porta do carro bater.

-- Você veio como?

-- Acho que apé.

-- Sério? Você veio da cidade até aqui apé?

Agora entendi o motivo de chegar tarde. Começamos a rir e ele me encara com carinho.

-- Pulguinha eu--

Seu celular toca em cima da mesa e ele o pega.

-- Merda...Alô!...estou em casa porque?...ah...não, eu passo buscar mais tarde.

Ele desliga e parece incomodado.

-- O que aconteceu?

-- Nada de mais, só acharam meu carro e estavam preocupados. Mas preciso de carona.

-- Então está com sorte mon amour, te deixo  andar de moto.

Ele sorri com um leve vermelho nas bochechas que me encanta.

-- Você fica tão sexy falando francês.

-- Vai logo se trocar, que eu tenho horário.

Sou abraçada pelas costas e sinto beijos  no pescoço.

-- Dofi eu preciso trabalhar.

-- Eu sei, que triste.

Me viro e beijo seus lábios.

-- Vamos logo.

Ele sorri e o encaro ir até o quarto se arrumar, esse momento é tão maravilhoso que parece não ser real. Principalmente agora que estamos namorando, será que vai ter aliança? Eu ficaria tão feliz em ver um anel igual ao meu no dedo dele!
Seria incrível! Mas voltando a realidade preciso trabalhar.

-- Está pronto Dofiano?

Pego as chaves e por algum motivo acabo abraçando a Paty ao invés de acariciar sua cabeça. É alegria.

-- Sim! Aliás agora que somos namorados, exijo ser chamado de amor.

Amor? O encaro perplexa.

-- Amor, tá falando sério?

-- Sim ou paixão, pode ser Amorzinho também.

-- Que tal Penadinho? Ou melhor, Alminha Penadinha!

Dou risada da expressão chateada dele e o pego pela mão.

-- Vamos logo.

Após trancar a casa dou partida na moto e ele parece um urso agarrado na minha cintura em uma moto que são seus joelhos que quase encostam no chão. Esse cara é alto demais!

Acelero pelas ruas e ele decide que vai pegar o carro de apé então sigo o trajeto até o trabalho. Estaciono a moto e o Dofiano desce alongando as pernas, ele veio o caminho todo com elas suspensas no ar.

-- Precisa de uma moto maior.

-- Não é culpa dela que você seja alto.

Ele sorri e se aproxima, inesperadamente o abraço igual com a Paty e levanto o queixo para beijá-lo.

Desista Ou NuncaOnde histórias criam vida. Descubra agora