Minha cabeça dói enquanto procuro abrir os olhos com dificuldade. Ao analisar a sala posso reconhecer claramente onde estou. É no hospital.
Lembranças invadem minha mente, confusas e distorcidas.
Pulguinha, onde você está?-- Chefe?
A Moris me encara com um ar preocupado. Tem dois seguranças na porta impedindo a minha saída? Que caralhos é isso?
Sento na cama ainda raciocinando a situação.
-- Chefe, você está bem?
-- Cadê a Elaine?
Já disposto a sair da cama a Moris tenta me impedir e com único olhar a paro.
-- Chefe calma....
Déjà-vu.
Estou somente de calça? O que caralhos aconteceu? Pego meu paletó na cadeira aos pés da cama sem dar ouvidos a Moris que implora para que eu permaneça deitado.
Ao tentar sair um dos seguranças me para.
-- Preciso pedir que se afaste senhor.
-- Temos ordens para não deixá-lo sair do quarto.
-- É mesmo? E quem ordenou isso?
Eles se olham e ficam em silêncio. Tento sair mais uma vez e assim que o segurança coloca o braço na frente, rapidamente dou uma joelhada o quebrando.
Ele grita o parceiro puxa a arma que parece ser um tranquilizante mas consigo acertá-lo com um soco no queixo antes que atire.-- Merda, de novo não! DIEGO...DIEGO!
Passos apressados pelo corredor e rapidamente o Diego está na porta. Ele encara a cena ao invés de surpreso solta um suspiro profundo.
-- Seu temperamento difícil não mudou.
-- O que está acontecendo Diego? Cadê a Elaine?
Ele sorri e faz um sinal para o corredor, quase com certeza chamando ajuda.
-- Me surpreende não saber. Afinal ela entrou em trabalho de parto ontem.
P-parto?
Tudo volta. Achei que era um sonho, mas faz nove meses que voltei. Recomeçamos, casamos, reformei a casa, resolvi os negócios da máfia e temos uma afilhada.
Tudo pareceu um simples sonho.-- Chefe!
O Jonny aparece com a bebê nos braços, os mesmos cabelos ruivos do pai com os olhos afiados da mãe. É a junção perfeita dos dois. Ela sorri ao me ver e a Moris corre pegá-la.
-- Lembra de ontem Chefe? A Elaine entrou em trabalho de parto durante a noite, o chefe nos chamou e viemos todos para o hospital. Mas desculpe, precisamos te apagar porque você estava bem alterado. O Diego chamou dois seguranças porque sabia que o chefe acordaria meio confuso.
Não estou irritado, sei bem como eu sou. E se tratando da Pulguinha posso acabar sendo pior que o de costume.
-- Mas cadê a Elaine?
Um sorriso animado percorre o rosto dos três e sou levado até outro quarto. Sinto um nervosismo quase paralisante quando a porta começa a se abrir.
Os feixes de sol entram pela janela iluminando a bela mulher sentada na cama. O cabelo castanho cresceu o suficiente para ficar caído sob seus ombros descobertos. Ela sorri abraçada a um emaranhado de panos onde consigo ver levemente a pequena cabeça de cabelos espessos.
Lágrimas se formam e escorrem pelo meu rosto.
Seus olhos me encaram e um sorriso apaixonado percorre os lábios.
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Desista Ou Nunca
Romance-- Não coloque esses tapetes horríveis na minha casa! Dominic Dofiano um mafioso perigoso respeitável que implanta medo em qualquer pessoa, menos na "pulguinha" que encontrou uma certa noite. -- Não torture pessoas na minha casa! Elaine uma mulhe...