Capítulo VII

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Atenção, capítulo para maiores de +18.

Sexta-Feira, 16h pm.

Frio. Frio cortante e violento é o que resume Londres nos dois últimos dias. Hoje está mais frio que ontem, então optei por vestir uma meia selene 7/8 grossa, uma saia xadrez na cor cinza que cobre até onde a meia me esquenta, uma blusa de lã preta de gola alta por baixo da saia, meu sobretudo preto que me cobre até os joelhos e meu Oxford de sempre.

Depois da aula de hoje eu e Oliver fomos direto pra casa desejando que elas acabassem logo. E durante esses dois dias só pensei em uma coisa.

Thomas.

Aquele almoço foi especial e aproveitamos muito. Depois que saímos daquele transe delicioso deixamos o restaurante e ele me levou pra casa, queria ter tido coragem pra convidá-lo a subir, mas sei que terei outras oportunidades pra isso. Pra ele conhecer meu apartamento.

Hoje é sexta-feira, dia da minha aula de História Religiosa. Hoje é o dia em que compartilho algumas das minhas horas com Tom e sinto prazer em fazer isso. Em saber que estarei daqui a pouco sentada bem próxima dele o ouvindo falar e trocando olhares tão profundos quanto a Fossa das Marianas.

Chego na biblioteca mas a encontro trancada, as luzes dos fundos estão acesas mas a porta está trancada. Hesito antes de bater na esperança de Charlie abri-la e imagino o que houve para que ele precisasse trancar.

E a aula? Será que Tom está ciente de que a biblioteca está trancada? Bato na porta de vidro fazendo o som ecoar lá dentro.

Um vento forte vindo do sul bate em meus cabelos e ele balança com a força. Vejo uma figura se dirigindo até a porta e aos poucos vou reconhecendo o corpo alto e escultural.

Tom vem em direção a porta com um molho de chaves na mão. Olho surpresa para imagem e ao mesmo tempo admirada pela sua aparência.

Ele sempre está lindo e hoje não é uma exceção. Ele está vestindo uma calça de alfaiataria preta, sapatos sociais e um suéter de gola alta preto. Tom abre a porta e me dá espaço para entrar. Ele me recebe com um sorriso lindo nos lábios.

O som da rua e o frio logo cessam assim que piso dentro do estabelecimento. Reparo que está quente aqui dentro enquanto cumprimento Tom com um beijo no rosto. Ele volta a trancar a porta e se vira pra me acompanhar.

- Onde está Charlie? - Pergunto tirando o sobretudo preto e o pendurando no braço

- Ele foi pra casa, me pediu pra trancar quando terminarmos aqui - Tom explica enquanto me acompanha até os fundos da biblioteca

Onde sempre estudamos.

- E aqueles que quiserem ir embora? Vão ter que vir até você pra poder abrir a porta? - Questiono já me preocupando porque seríamos interrompidos muitas vezes durante a aula

- Não tem mais ninguém aqui além de nós... - Ele responde devegadar e jogo meu olhar para ele

Fico surpresa e meu coração acelera. Sozinhos na biblioteca, cercados por paredes e paredes de livros, no calor confortável que está aqui dentro. Desde que nos conhecemos não ficamos totalmente sozinhos, não dessa forma.

Eternos - Tom Hiddleston Onde histórias criam vida. Descubra agora