Capítulo I

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Eu estava no mercado aonde trabalho repondo as prateleiras não era o melhor trabalho do mundo mas me sustentava eu nunca conheci meus pais passei um tempo no orfanato mas depois fui adotada por uma família que não deu certo, eles me devolveram então quando fiz dezoito anos, comecei a me virar sozinha senti falta dos amigos que eu fiz lá mas sempre estão vindo e indo.

Depois de organizar as prateleiras meu chefe me chamou e pediu para eu ficar na caixa que tinha que sair, aproveitei para ligar a televisão e fiquei distraída quando entrou um cliente no primeiro olhar eu já sabia quem era pelo cabelo brando e pelo outro garoto que parecia o cão de guarda, Izana e Kakucho os dois passaram um tempo no mesmo orfanato que cresci mas faz tantos anos, será que lembram de mim Kakucho foi pegar umas bebidas e Izana de aproximou do caixa e me pediu cigarros que eu entreguei para ele, que me disse:

_ Você cresceu.
Então se lembrava de mim.

_ Você também.
Eu disse, Kakucho voltou e para minha surpresa também se lembrava de mim, eu cobrei o que tinham pegado e quando estavam saindo Izana disse:

_ Foi bom ver você.

Não tive nem chance de responder ele saiu, meu coração palpitou naquele momento fazia tantos anos tanto tempo, mas nunca esqueci seus olhos penetrantes e como ele dominava qualquer lugar que estivesse como um líder um rei, e o Kakucho era seu fiel seguidor sempre juntos eu queria poder conhecer quem havia se tornado com os anos.

Tirando dos meus pensamentos meu chefe voltou e disse que eu já poderia ir embora antes de ir peguei uma comida congelada eu sabia cozinhar mas não tava com a mínima vontade de fazer algo só para mim, voltei andando mesmo morava bem perto do mercado em um conjunto de prédios no terceiro andar apartamento 303, ao entrar já estava na minha cozinha passando pela mesa coloquei minha comida na geladeira e me dirigi até meu quarto tirando minha roupa e indo tomar um banho quente deixei a água lavar toda a sujeira que um dia cansativo colocou na minha pele.

Meu apartamento era pequeno mas aconchegante eu gostava de cada centímetro a cozinha, depois você abrindo a porta para o próximo cômodo estava no meu quarto, coloquei uma cama de casal enorme demorei bastante tempo para conseguir essa cama maravilhosa, tinha uma mesa aonde eu deixava alguns livros e uma luminária eu coloquei uma televisão na parede para assistir minhas séries preferidas meu guarda roupa era enorme tinha muito espaço tinha poucas roupas agora que finalmente acabei de pagar tudo desse apartamento talvez eu pudesse comprar roupas novas. Estava tão cansada que não tive dificuldades para pegar no sono profundo sem sonhos só acordando na manhã seguinte.

°°°
Estava quase na hora de eu ir embora do meu serviço só estava esperando meu chefe voltar para que pudesse ir, quando um cliente entrou lá loja me virei e encontrei o Kakucho na minha frente novamente para quem não tinha visto a anos, comecei a notar que era o segundo dia que eu o via essa semana se aproximou de mim e disse:

_ O que vai fazer mais tarde?

_ Não sei, porque?
A reposta saiu automática de mim.

_ Te espero lá fora então.
Ele nem esperou minha resposta e saiu, fiquei toda confusa mas meu chefe entrou na loja falando que eu podia ir, fiquei pensando em ficar ali mas sai desconfiada para encontrar, o Kakucho me esperando em sua moto me entregou um capacete e falou para eu subir, não deu muito detalhes aonde iríamos mas eu não sei o que tinha na minha cabeça, lá estava eu na sua garupa indo para não sei aonde.

Chegamos em um prédio bem melhor do que o meu mas percebi que eram apartamentos ele só falou para seguir caminhei o seguindo subimos pelas escadas quase no último andar minhas pernas já estavam doendo quando chegamos eu agradeci mas ele não parou continou subindo segui confusa até chegarmos ao telhado parou de uma vez fazendo eu trombar em suas costas parecia mais uma muralha de pedras se virando para mim me deu um sorriso e disse:

_ Eu fico aqui, e só você seguir.

Será que era agora que iria morrer não vivi muita coisa nessa vida, mas tudo bem eu segui pensando que não tinha muito escolha para encontrar o Izana bem na beirada do prédio eu não ia chegar nem perto dessa beirada então falei:

_ Se tá esperando que vou chegar perto dessa beirada, pode se sentar vou nem fudendo.

Ele virou para mim que visão seus cabelos mexiam com o vento, olhos penetrantes que deixavam minhas pernas bambas só desceu da beirada e caminhou na minha direção falando:

_ Ainda tem medo de altura.

_ Claro, meu cérebro gosta de me manter viva.
Falei, tava muito perto estava a centímetros de mim sua presença era tão marcante que me deu vontade de me encolher mas fiquei parada ali mantendo a postura.

_ Estava com saudades, por isso pedi o Kakucho para te buscar.
Não entendi nada do que disse saudades de mim, ele não e do tipo que tem saudades de uma pessoa só olhei com um semblante do tipo tô duvidando de você.

_ Era isso, achei que ia me matar todo esse mistério.
Falei me afastando um pouco, estava muito perto dele centímetros conseguia até sentir seu aroma doce mas também com um toque de poder não conseguia identificar o perfumo mas tinha certeza que era caro, perfumes baratos costumam sumir o cheiro bem rápido esse era bem marcante.

_ Eu não mato mulheres.
Sua resposta foi curta, só conseguia pensar mulher não matava e o resto.

_ O que você quer Izana Kurokawa?
Falei todo o seu nome para ver que estava falando sério estava me assustando com todo esse negócio de mandar o Kakucho me buscar.

Ele não me respondeu mas pegou minha mão me puxando para seguir, eu segui mais por curiosidade de onde ele tava ainda e notei que nossas mãos pareciam se encaixar perfeitamente nunca tinha andando com uma pessoa de mãos dadas fiquei tão nervosa que senti minhas bochechas queimarem descendo os degraus e entrando no último andar parando em frente a uma porta que ele abriu que tipo de pessoa deixa a porta da casa aberta, entrando soltou minha mão senti falta do calor mas prestei atenção no apartamento parecia muito bem organizada e limpa fiquei imaginando que era o Kakucho que limpava enquanto Izana estava sentado no sofá lendo um jornal foi a primeira imagem que surgiu na minha cabeça.

_ Não quero nada demais, s/N só sinto falta de alguém sincero para conversar.
Ele disse caminhando até a geladeira e pegando um vinho, eu recusei amanhã trabalha cedo mas ele serviu do mesmo jeito me entregando uma taça e pegando minha outra mão entramos em um quarto agora estava nervosa muito nervosa.

Se sentando na cama ele me perguntou como foi minha vida, fiquei surpresa mas me sentei do seu lado e comecei a contar sobre tudo ele era um bom ouvinte parecia estar prestando atenção em cada detalhe, então quando percebi estávamos deitados na sua cama olhando para o teto e lembrando de coisas da infância ele também me contou várias histórias do que gostava, quando olhei no meu celular notei que era muito tarde mesmo.

_ Eu tenho que ir amanhã eu trabalho.
Comecei a me levantar ele me puxou e falou:

_ Não vá, amanhã eu te levo para seu serviço.
Ele disse com um tom calmo.

_ Não tem como eu tenho que tomar banho, fazer várias coisas.
Eu disse e ele se levantou mexendo nos armários e me entregou uma toalha e um conjunto de roupas dele um pijama e disse:

_ Problema resolvido, está tarde para você ir e o banheiro fica ali.
Apontou para uma porta no quarto eu fiquei com vergonha, mas aceitei sua proposta fui até o banheiro e tranquei a porta com medo dele entrar o que não seria ruim mas tava muito cedo ainda tomei um banho rápido e vesti suas roupas não ficaram tão pequenas eu tinha um corpo que preencheu sem problemas a roupa, saindo do quarto ele estava de pijama também então voltei para a cama um pouco nervosa mas estava do seu lado, me deitando Izana me cobriu com a colcha e ficou bem próximo de mim, mas fechou os olhos para dormir eu fiz o mesmo e acabei dormindo ali do seu lado.

Izana KurokawaOnde histórias criam vida. Descubra agora