Capítulo XV

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O Kakucho acordou depois de várias horas, eu estava em seu quarto como estava grávida as enfermeiras sempre vinham e me faziam comer ele ficou em silêncio por um bom tempo respeitei o seu silêncio e fiquei ali só fazendo companhia.

Depois de um tempo resolvi ir para a casa e fui direto para meu apartamento quando entrei estava sujo e cheirando a coisa velha guardada, fechado a muito tempo não imaginei que estaria melhor mas só fui para minha cama tive a dignidade de trocar por lençóis limpos e me deitei para finalmente descansar.

°°°

Uns dias depois eu estava no meu apartamento tinha ido visitar o Kakucho mais cedo ele finalmente conversou comigo, perguntou como estava mas nunca tocamos no assunto sobre o Izana.

Alguém bateu na minha porta, quando abri era um homem mais velho vestindo terno ele me disse que era uma advogado e se apresentou eu o convidei para entrar e sentamos na mesa ele abriu sua pasta e começou a tirar documentos de lá.

_ Eu era o advogado do Izana, então fiquei responsável para encerrar suas coisas, ele deixou tudo para você a alguns dias ele me procurou para comprar uma casa e já colocou no seu nome então você não precisa esperar o inventário nem nada para se mudar, depois quando eu organizar as coisas você vai ter acesso as contas e tudo que ele tinha.

O advogado disse essas palavras em deixando confusa.

E me entregou vários papéis, quando eu vi o valor que tinha nas contas do Izana quase caí da cadeira eram valores altos para alguém de dezenove anos mas como era líder de uma gangue fazia sentido ter esse dinheiro, depois que o advogado foi embora peguei a escritura da casa que fiquei os últimos dias e comecei a chorar eu queria tanto aquela casa e agora estava tão triste segurando aquela escritura.

°°°

Dois meses depois, estava de frente do túmulo que tinha mandando fazer para o Izana e acendi um incenso e coloquei flores deixando bem bonito, quando notei o Kakucho chegou atrás de mim me levantei e dei um abraço nele não tinha o visto depois que ganhou alto do hospital ele sumiu do mapa não encontrei em lugar nenhum.

_ Você sumiu. Eu disse.

_ Precisava de um tempo só para mim. Ele me respondeu e completou:

_ Já consigo ver sua barriga.

Eu sorri com o comentário a verdade que essa criança estava crescendo bastante ou eu estava comendo muito cheia de desejos.

Então me virei para ir embora e disse:

_ Te espero em casa.

°°°

Kakucho não apareceu naquele dia e nem no seguinte, eu estava no jardim debaixo da minha árvore comecei a fazer um canteiro de flores quando notei alguém batendo na porta me levantei e fui bem devagar abrir, finalmente Kakucho tinha voltado para a casa ele trouxe suas coisas e foi para seu quarto eu não falei nada com medo de espantar e ele sair correndo dali mas depois gritei:

_ Você faz o jantar.

E ele fez demorou um pouco então me chamou pela janela que dava para o quintal para comer, me sentei na mesa e ele me serviu como senti saudades da sua comida me alegrei quando o sabor atingiu minha boca me fazendo sorrir.

_ Senti falta da sua comida.

_ Eu também senti sua falta. Kakucho me respondeu ele entendeu que eu não tava falando literalmente da comida de verdade, o vazio ainda estava em mim e parecia que não ia embora mas com o Kakucho aqui estava melhor talvez eu consiga viver mais um pouco.











Izana KurokawaOnde histórias criam vida. Descubra agora