Any Gabrielly e Noah Urrea não se suportam desde a primeira vez que se viram.
Eles eram o velho clichê: Any não o tolera e Noah adora provocá-la. Ainda assim, por debaixo de toda aquela aversão, faíscas voam quando se encontram.
Agora seus melho...
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any gabrielly pov.
— Hum, Noah, Noah... — A voz do outro lado da porta gemia em deleite. Senti vontade de arrancar todos os meus cabelos. Eu definitivamente ia matar Nour por me fazer passar por aquilo.
— Ah, Noah!
Bati outra vez o punho contra a porta e os gemidos pararam. Arrumei a postura, enchendo os pulmões na tentativa de superar o rubor das bochechas.
A movimentação no quarto aconteceu por alguns segundos e então a porta se abriu.
Sabina Hidalgo, a prima super bonita da minha melhor amiga, saiu ajeitando o vestido rosa apertado, passando o polegar contra o canto da boca para limpar o batom borrado.
— Urrea é um sobrenome escocês? — Ela massageou a garganta, me dando um sorriso doce.
— Não faço ideia — balbuciei e Sabina franziu o cenho, pensativa.
Não queria pensar no que Sabina tinha feito para Noah, para ele retribuir o favor com tanto empenho que eu podia ouvir os gemidos da prima da minha melhor amiga desde o corredor.
Além do mais, que tipo de pergunta era aquela? Sabina podia fazer uma árvore genealógica pelo tamanho do pau?
— Deve ser escocês. — Sorriu, me olhando com uma expressão de "dãh, bobinha". Logo depois, saiu, jogando o cabelo loiro meio despenteado pelo ombro e desfilando pelo corredor da mansão de seus pais.
Os saltos Alexander McQueen batiam pelo piso de granito.
— Você não tem mais o que fazer? — A voz de Noah me fez desviar os olhos do desfile de Sabina. Ele apareceu ainda ajeitando o zíper de sua calça preta. Cristo.
— Eu estava bastante ocupado... A não ser que... — Seu rosto se transformou para uma expressão sacana quando começou a dizer, encostando-se no batente da porta com a postura relaxada. Dei um passo para trás, a expressão enojada.
O homem era um perfeito cafajeste e, para ele, talvez fosse biologicamente impossível não ser. Os olhos verdes e o cabelo castanho claro o transformavam em um deus grego de olhares pervertidos.
Deveria haver algum tipo de contrato implícito naquela história toda: alguém que tão bonito sempre seria incapaz de ser um bom partido.
Mesmo na camisa preta simples e com os cabelos um pouco bagunçados, Noah ainda parecia um modelo. Mas eu nunca, nem em um milhão de anos, nem se ele fosse o último homem do planeta, cairia em sua lábia.
— Nour está te chamando. Ela quer fazer um brinde e insistiu que você estivesse lá. — Cruzei os braços.
Claro que eu tinha levado dois pelo preço de um. Quem poderia imaginar que eu também encontraria a furtiva Sabina Hidalgo, que ninguém tinha notado o desaparecimento? Todo azar do mundo ainda era pouco para mim.