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                           any gabrielly pov

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                           any gabrielly pov.

— Nour vai me matar! — resmunguei, procurando uma vaga no meio do amontoado de carros. Pela milésima vez, pareceu uma péssima escolha ter um carro no meio de Nova Iorque.

— Graças a Deus! — comemorei, me enfiando entre dois Ford Ká. Desamassei o vestido midi verde claro que usei no último natal que tentei passar com tio Bob, tia Laura e meus primos há dois anos. Queria parecer um pouco mais apresentável, porque estava prestes a entrar de penetra em um casamento. Bom, não exatamente de penetra.

Nour e Alex estavam quase fechando com uma banda e o vocalista convidou o casal para os assistir tocando em outro casamento. Mas eles foram convidados, não eu. Ou Noah. Na verdade, esperava que ele não estivesse ali. Não estava magoada com o que tinha acontecido na loja de vestidos de noivas, uma vez que nada tinha, de fato, acontecido ali. Eu só estava sendo...

Dramática. E daí que Noah Urrea me ignorou enquanto eu estava vestida de noiva? E daí que ele havia praticamente fugido depois daquele momento no meu apartamento? E daí? Para começo de história, eu nem gostava dele. Não é?

Aquele era o Noah que eu conhecia. Bati a porta do carro com mais força do que o necessário. Urrea tinha sido educado comigo na minha casa, disse que eu estava bonita de madrinha e o quase beijo fora isso, um quase beijo. Nada demais. Nada. Eu não tinha motivos para sentir aquela pontada estranha no coração.

Caminhei pela trilha de pedrinhas no meio do gramado, seguindo a conversa animada dos convidados. Mantive os passos lentos, com medo de cair na escuridão. Tudo que eu não precisava era passar uma noite de sábado, que deveria ser sobre entrar de penetra e curtir a festa alheia, no hospital.

Além disso, eu estava atrasada e esperava que Jules não estivesse prestes a arrancar minha cabeça. Mas não foi meu casal de melhores amigos que vi encostado ao lado de uma árvore. Com calça de alfaiataria, blazer escuro e camisa branca, Noah parecia um modelo, mesmo que a única coisa que o iluminasse fossem as lâmpadas chinesas espalhadas pelas árvores. Quando me viu, sua expressão parecia... magoada? Não consegui distinguir, pois durou segundos antes de ele entrar na persona relaxada.

— Finalmente! — comemorou, colocando o celular no bolso. Logo depois, deu um sorriso de lado. — Alex e Nour já entraram há uns vinte minutos.

— Peguei um trânsito horrível — me desculpei, correndo até seu lado e me desequilibrando nas pedras, onde, por sorte, Noah me segurou. — Obrigada. — Sussurrei, me endireitando. O arrepio elétrico em minha pele não me passou despercebido.

— Te esperei porquê... — Deu de ombros, olhando para o outro lado. — Você sabe.

— Sei, sei, sei. — Também dei de ombros, decidindo não me importar, por mais que meu coração tenha acelerado um pouquinho. Por causa da corrida até ali, é claro. — Vamos entrar?

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