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                      any gabrielly pov

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                      any gabrielly pov.

Eu estava redondamente enganada. Quando o número de Noah piscou no celular pela milésima vez, três dias depois da nossa visita ao padre Chales, percebi que não estava nem um por cento mais fácil lidar com o idiota.

Eu saía da minha consulta no dentista, pois também estava aproveitando as férias para acabar com todas as tarefas pessoais pendentes na minha agenda. Estava prestes a me recompensar com um docinho durante o café-da-manhã no instante em que resolvi parar de ignorá-lo.

— Inferno, Noah o que você quer? — atendi aos sussurros, não querendo chamar a atenção dos outros clientes famintos e sonolentos. Por que ele não podia esperar eu terminar de comprar meu croissant?

— Temos um problema. — Foi tudo o que falou. Ao fundo, pude ouvir a voz de Nour e um Alex igualmente transtornado tentando acalmá-la.

Meu corpo congelou.

— O quê? Onde você está?

— No hotel onde o casamento vai acontecer. — Ouvi seus passos se afastando da conversa entre nossos amigos.

— Mas eles não precisavam da gente aí — falei, me sentindo levemente traída.

Os dois não precisavam de mim,
aparentemente, mas estavam com Noah, que não sabia a diferença entre uma toalha de mesa e um guardanapo.

— Eles não precisavam, mas agora precisam — explicou, sem realmente dizer algo. Mordi o lábio inferior, sentindo o estresse se espalhar em ondas pelo meu corpo.

— Eles não queriam que a gente soubesse, mas quando Nour surtou, Alex me mandou uma mensagem com o próprio surto e bem... acho que não consigo lidar com isso sozinho.

— Noah, por Deus, o que está acontecendo? — perguntei, desesperada, abandonando meu croissant no balcão. A atendente me olhou irritada pela desistência. Não liguei.

Na saída, sem querer, acabei empurrando um casal de velhinhos enquanto corria porta afora da padaria. A viagem tinha sido cancelada? O buffet tinha desmarcado? Jesus tinha descido para a Terra a fim de impedir que eles se casassem? O que. Estava. Acontecendo?

— Você consegue chegar aqui? É no salão do hotel Blue Sunshine.

— Estou em Westbury, me dê quarenta minutos.

— Demora mais do que isso para chegar aqui e... — começou e eu bufei. Como se eu ligasse para quanto tempo deveria levar.

— Quarenta minutos! — explodi, desligando o telefone ao mesmo tempo que o jogava no banco do carona para assumir o volante. "Não tem como a viagem ter sido cancelada", meditei quando o motorista de um Sedan colocou a cabeça para fora da janela para me xingar. Não podia ser nada com o buffet, porque Noah e eu tínhamos ficado como contatos principais, já que, em tese, éramos noivos.

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