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                        any gabrielly pov.

— Claro que ele está aqui — resmunguei quando Alex e Nour saíram do meu carro de mãos dadas. Ela beliscou minha lateral e eu bufei.

Estava sendo a motorista da vez, merecia reclamar. Eu tinha saído da minha casa para buscá-los, aquilo era o mínimo. Noah riu, tirando os óculos escuros e chiques que ostentava, parando de maneira descolada em frente ao restaurante.

— Comporte-se. — Nour assobiou e eu balancei a cabeça. — Bom dia, Noah.

— Bom dia, Nour, Alex e querida Elly.

— Bom dia, Noah. — cumprimentei em formato de trégua, mostrando que iria me comportar.

Ele ergueu uma sobrancelha em minha direção. Bastardo, arrogante e sexy.

Arrogante. Principalmente arrogante, o que transformava a parte sexy em algo bem pequenininho.

— Mandei um sms para o Carlo ontem à noite dizendo que viria com uns amigos aqui e que queríamos falar com ele. O homem é italiano, então talvez ache que somos da máfia e vamos chamá-lo para a famiglia.

— Se bancar a mafiosa é o que eu preciso para garantir bons preços, mafiosa é o que vou ser — Nour afirmou. Eu podia ver o fogo nos olhos dela.

— Sexy. — Alex elogiou, sussurrando em seu ouvido.

Noah e eu soltamos um barulho enojado ao mesmo tempo. Nossos amigos eram muito explícitos na hora de expressar seu amor físico.

— Não comecem a fazer bebês na calçada. Vamos entrar. — Urrea revirou os olhos e abriu a porta para passarmos.

O lugar parecia uma típica cantina italiana, as paredes cheias de quadros com pinturas da Toscana, toalhas xadrez sobre as mesas e o cheiro de massa e molho fresco predominando pelo ar. Como era muito cedo para a hora do almoço, os funcionários esfregavam o chão e conversavam entre si, parecendo animados.

— Noah! — uma voz carregada de sotaque gritou.

O homem saiu de trás do balcão, baixinho e forte, as bochechas rosadas e um sorriso que ia de orelha a orelha.

— Você veio mesmo, garoto.

— Eu disse que viria, Carlo. — Noah abriu os braços, cumprimentando-o da mesma forma barulhenta que o cozinheiro tinha feito.

Balancei a cabeça desacreditada, ele tinha entrado na coisa de mafioso. Don Noah Urrea estava prestes a negociar bolinhos e macarrão, mas parecia pronto para honrar a famiglia.

— Carina, il ragazzo è qui — O homem berrou por cima do ombro para alguém na cozinha. Se eu tinha prestado atenção em O Poderoso Chefão, aquilo significava que "o menino está aqui". Ou, talvez, fosse alguma coisa sobre macarrão. Eu não tinha prestado tanta atenção assim.

— Puoi aggiustarlo o devo aggiustarlo anche io? — Uma voz feminina respondeu a plenos pulmões. Eu nunca tinha ouvido aquelas palavras e elas pareciam partes de uma briga, mas Carlo sorriu e só por isso, acreditei que tudo estava bem.

— Esses são seus amigos? — Carlo questionou, limpando as mãos em um pano de prato. Nour deu um de seus sorrisos mais brilhantes, tentando passar uma boa impressão. Mordi o canto interno da bochecha, evitando uma risada.

— Sim. Esses são Alex, Nour e Any. — Nos apresentou, apontando para cada um conforme falava nossos nomes.

— Queremos discutir preços para fornecer comida para um casamento. Os olhos de Carlo se iluminaram como se o próprio Jesus estivesse diante dele, e seu sorriso largo começou a crescer.

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