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                      any gabrielly pov

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any gabrielly pov.

Toquei a campainha do apartamento de Nour e Alex enquanto tentava desembaraçar os cabelos com os dedos.

A segunda-feira cansativa na redação do jornal tinha me transformado em uma massa descabelada e com a roupa meio amassada. Sem minha amiga no MetroNews1, tudo ficava um pouco mais chato.

Eu era a orgulhosa chefe da pequena e cheia de estagiários área de Ciência e Tecnologia. A redação era minúscula se comparada a das outras editorias, como a de Esportes em que Nour tinha estado até o mês passado, mas fazíamos um bom trabalho.

Na maior parte do tempo. Eu adorava trabalhar lá, apesar de servir de babá para todos os jornalistas ainda crus que aterrizavam ali.

Mesmo assim, com certeza tinha sido um dia pesado, depois de passar a tarde toda ouvindo um cientista explicar como eu devia fazer meu trabalho e não poder reclamar com Nour perto da máquina de café.

— Você veio! — minha amiga saudou assim que abriu a porta, atirando os braços ao redor dos meus ombros. A abracei forte, na tentativa de transmitir todas as fofocas do dia. — Claro que eu sabia que você viria, mas depois de um dia todo de cobertura, eu entenderia se não viesse.

— Que tipo de madrinha eu seria se não viesse? — brinquei e Nour me deu passagem para entrar no apartamento.

— Está atrasada. — Uma voz ultrajante conhecida cantarolou e eu revirei os olhos.

Ótimo.

Claro que Noah estaria ali, afinal de contas, também era um dos padrinhos e parte da "força tarefa do casamento". No entanto, eu não tinha me preparado mentalmente para sua presença.

Ele usava uma camisa xadrez verde da exata cor dos seus olhos e os cabelos estavam, como sempre, bagunçados de maneira bonita, apesar de revolta. Por que ele não podia ter um defeito?

Todo mundo tinha alguma coisa feia em si, então por que Noah Urrea não podia? Talvez seja algum tipo de pacto com o diabo. Talvez ele seja o próprio diabo.

Vasculhei ao redor da sala, procurando minissaias rosas e cabelos loiros, mas, ao que parecia, Sabina não estava ali para enfiar a língua pela garganta de Noah. Me senti um pouco mais relaxada. Seria irritante para todos caso eles ficassem se agarrando. Não era como se eu ficasse incomodada com a proximidade dos dois, porém havia alguma coisa errada em ver o idiota se agarrando com a loira.

O ambiente mostrava que meus amigos estavam prestes a se mudar, pois estava cheio de caixas vazias empilhadas e os poucos móveis pareciam ter sido arranjados de maneira precária.

Senti o coração afundar.

Todas as vezes que eu tinha bebido vinho com Nour até tarde ou conversado por horas a fio com Mandon invadiram minha mente.

Os Padrinhos | noany Onde histórias criam vida. Descubra agora