Capítulo XXVI

620 81 22
                                    

Por favor, não briguem comigo pelo último capítulo!

Chegamos em uma nova fase da história, então eu precisava aparar todas as pontinhas.

Deixem suas estrelinhas e comentem muito!!

Com carinho,

Srta A B Braga

Ps: sei que prometi postar ontem, mas dormi

Ps: sei que prometi postar ontem, mas dormi

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Catarina Kaiser

Era um pesadelo.

Definitivamente era.

Acordei assustada, mas uma dor lacinante no braço direito me fez gemer e me mexer o mínimo possível.

- Hanz... - gemi baixinho - preciso de água - minha boca estava seca e a língua pesada.

Abri os olhos aos poucos, a luz era forte e me cegava. Lutei para abri-los e fui me adaptando ao ambiente.

As luzes eram artificiais, uma espécie de mini refletores.

Estava em uma espécie de enfermaria? Ou um galpão? Não conseguia definir aquilo. Outras moças estavam no mesmo estado que eu me encontrava ou em pior estado.

Senti uma ardência e minha intimidade e notei uma sonda saindo de minhas partes íntimas.

Um homem ao fundo do local notou que eu tentava me levantar e deu uma ordem em uma língua diferente.

Merda, seria russo? Eu não entendia nada dessa merda.

- Sorry sir, - falei em inglês, a língua mais universal naquele momento - acredito que há um engano. Pode chamar Hanz, o meu irmão.

- American - respondeu ele e cuspiu no chão. OK isso é um forte indício de que ele seja russo e não fale um pingo de inglês.

- Please, my arm - apontei o braço que parecia estar em carne viva de tanta dor. Fiz uma cara de dor terrível - Me ajude!

Ele apenas me encarou e saiu de perto.

"Filho de uma vaca".

Me arrastei como pude para tentar sentar na cama, mas notei que um dos meus pés estava acorrentado a cama. Esses desgraçados só podem ter me drogado, ainda me sentia muito letárgica e estava demorando a processar as coisas.

Decidi fazer um exercício respiratório, precisava me acalmar e agir rápido.

"Primeiro observe o inimigo".

Conseguia ouvir a voz de Augustus em minha mente. Era tão nítida que até olhei ao redor imaginando que ele poderia realmente estar ali.

"Aprenda com ele, estude seus pontos fortes e principalmente os fracos.  Não deixe eles perceberem que você é forte, finja que é leiga em tudo" - Ok, não sei o que estou fazendo aqui, mas as palavras de Gus vieram a tona como um bálsamo, já saquei que esses caras são perigosos, eu e Hanz fomos alertados que tentariam fazer mal a nós.

Prova foram os tiros que recebemos em Jerusalém, mas o que tinha acontecido? Que droga de lugar é esse?

O homem que apareceu antes retornou com um senhor de meia idade.

O homem era careca e todo tatuado, o médico era gorducho e tinha dentes muitos amarelos, ele claramente estava ali obrigado, pois tinha olheiras fundas e o caminhar era lento.

- Como se sente? - ele falou em um inglês miserável.

- Muita dor - apontei meu braço.

- Você deu muita sorte que o tiro do fuzil não atravessou o seu corpo todo. A bala se alojou próximo da clavícula - ele apontou uma parede no canto, tinham vários raios X ali, fiquei umas boas horas te remendando.

- Obrigada, eu acho. Mas onde eu estou? Quem são vocês? - o careca cutucou o médico que ficou nervoso.

- Se eu fosse você ficava calada e faça o que eles mandarem, quem  resiste é severamente punido.

Engoli a seco e pedi que ele me desse água.

O homem me ajudou em silêncio e depois voltou para seu lugar.

Acabei adormecendo pelo tédio e acordei algum tempo depois. Poderiam ter passado horas ou dias que não saberia a diferença.

As garotas começaram a despertar e se irritar pelas correntes. Algumas levantaram e caíram, mas a reclamação sobre dor nas partes íntimas foi unânime.

No dia seguinte ou horas depois, não sei ao certo um outro careca com tatuagem de bode no pescoço veio até nós.

Outro que falava um inglês deprimente.

Fomos algemadas e obrigadas a sair daquele galpão de olhos vendados.

Ouvi os gemidos das moças implorando em alguns idiomas para que as deixassem em paz, outras que não tinham condições ainda de andar, essas eram maltratadas pelo guardas e puxadas pelos cabelos até uma van.

Assim que senti uma brisa gelada em meu corpo estremeci. Automaticamente toquei a venda e espiei onde estávamos, era noite e quase não consegui distinguir o galpão.

Nos levaram até outro local e eu não fazia a mínima ideia de onde estávamos, deduzi que estivéssemos na Europa, pois fazia muito frio e janeiro o continente ainda está no inverno.

Quando adentramos o outro local, mais moça estavam ali, a situação bem parecida com a nossa.

- Antes que vocês façam escândalos, saibam que seus pertences foram confiscados e a cerimônia de iniciação já foi feita. Todas as que não chegaram puras até o Ímola, foram purificadas!

- O que quer dizer com isso? - perguntou uma loirinha com queixo empinado - vim até a Polônia atrás de emprego como modelo, ninguém né falou sobre purificação - ela então arregalou os olhos - que merda fizeram conosco naquele galpão??? - o homem riu diabólico.

- Vocês agora são virgens. Os futuros compradores de vocês querem moças puras para lhes ensinar arte do prazer.

Arregalei os olhos e senti uma falta de ar instantânea. A comoção foi geral, tanto que os homens precisaram empinar suas pistolas e fuzis para nos intimidar.

Eu vim parar numa maldita rede de tráfico de mulheres. Isso era muito comum na Europa, elas atraiam as moças com promessas de emprego e ajudavam com passagens e roupas. A partir do momento que a mulher chegava em determinado país, já era confiscado celular e passaporte, muitas nem com a roupa do corpo ficavam, tudo era dado como garantia de pagamento, afinal elas já chegavam ali devendo muito.

- Se preparem, em três dias será o grande leilão!  Aqui tem tudo o que precisam, caso sintam dor, apertem aquele botão vermelho - apontou um botão grande acoplado na parede ao lado da porta.

Os homens saíram e trancaram as grandes.

Pareciamos animais enjaulados, cada uma se estudando e analisando o local que nos deixaram.

Eu teria três dias em fugir.

E era isso que faria.

Ninguém me compraria em leilão algum.

Eu dormi com o telefone na mão e esqueci de postar essa noite! Desculpaaaaa

Meu Vizinho Mafioso (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora