Um Encontro Com O Inimigo

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Alguns minutos antes do meio dia, Adrien e Marinette se encontravam deitados sobre a cama. Marinette deitada entre as pernas do loiro, enquanto o mesmo brincava com as mechas de cabelo dela.

-Sempre amei o cheiro do seu cabelo. - disse ele a acariciando.

- Desde quando? - questionou ela rindo.

-Lembra quando você estava nervosa, e pediu para que eu penteasse seu cabelo para você se acalmar? - ela assentiu - Aquela foi a primeira vez que eu senti o perfume do seu cabelo, e não consegui esquecer mais.

-Já parou para pensar que a nossa história é bem estranha? - questionou ela rindo.

-Você do nada, cai de um telhado, na minha frente, eu te levo para a minha casa, e ainda te conto, que gosto de você, sem saber que era você.

Adrien caiu na gargalhada. Realmente, não era algo que ele pensasse que poderia acontecer. Mas se ele pudesse voltar no tempo, com toda certeza, ele não mudaria o fato de tê-la encontrado e feito dela, a parte mais importante de sua vida.

Uma semana se passou. Adrien e Marinette se encontravam sempre que podiam. A azulada convenceu o loiro a não ír mais a mansão a noite, para não correrem o risco de serem pegos, já que aparentemente, uma das empregadas avistou ChatNoir, sem saber que era ele, pulando o muro da mansão. Mas em compensação, ele sempre entrava pela porta da frente, com a desculpa de ter que ve-la para decidir detalhes do casamento. Casamento ao qual, já estava com a data prevista para um mês.

Seus amigos, após descobrirem a verdade sobre o que ocorria com Marinette, reagiram cada um a sua maneira. Juleka se manteve em silêncio, se culpando por não ter percebido que sua amiga, e irmã de consideração, estava enjaulada em uma prisão invisível. Rose, para a surpresa de todos, ficou irada. Saber que o própria pai de Marinette a estava fazendo sofrer tanto, a deixou furiosa. Nino, agiu com mansidão, sorriu para ela e abriu os braços para recebe-la em um abraço ao qual Marinette tanto desejava. Alya por sua vez, não suportou e deixou transparecer a dor que ela carregou em silêncio, por ver sua amiga sofrer sem poder fazer nada, através de lágrimas. Lagrimas que não paravam, e fizeram com que Marinette se entregasse as lagrimas enquanto a abraçava, e tentava convence-la de que ela não tinha culpa em nada, apesar de se auto castigar.

Todos a compreenderam e permaneceram ao seu lado, dispostos a ajuda-la em tudo que ela precisasse. Com aquilo, Marinette teve a total certeza, de que não estava sozinha.

-Mari! - chamou Nathaniel ao seu lado a tirando de seus devaneios.

-Oi, Nath. Desculpa, eu me perdi. - disse ela deixando a caneta sobre a mesa da biblioteca.

-Percebi. - declarou ele se encostando na mesa - Hoje você está bem inerte. Aconteceu alguma coisa?

- Não...só...estou pensando em tudo que estamos passando. Enquanto eu sofria em silencio, sem querer preocupar meus amigos, acabei fazendo eles sofrerem ainda mais. A Alya...sofreu em silêncio por tanto tempo, e quando descobriu a verdade...ela chorou tanto, que pensei iria ocorrer o segundo diluvio.

-A Alya e você são como irmãs. Com certeza ela sofreu tanto quanto você. Mas o importante, é que tudo passou.

-Nem tudo. - disse ela se erguendo da cadeira - Ainda temos muito o que lutar. E hoje, vai ser uma grande luta. - declarou pegando o livro ao qual estava usando e o levando para a estante - Tenho que me preparar mentalmente para mais uma grande farsa.

-Seu encontro com o Felix, vai ser bem rápido.

-Rápido são meus encontros com o Adrien. Com o Felix, parece que estou presa em um loop temporal. Sem dizer que ele passou a investir mais, e eu já estou ficando sem desculpas, para recuar. Não posso simplesmente dizer...Não quero te beijar porque eu te abomino e além de amar o seu irmão gêmeo também estou saindo com ele pelas suas costas.

Dança das FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora