Noite de Historias Parte 2

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Adrien afastou Plagg da sua boca e se aproximou novamente de Marinette.

-Sinto muito. - sussurrou - Eu não queria te constranger.

-T-Ta tu-tudo bem. - declarou ela com a cabeça um tanto baixa e um leve sorriso nos lábios.

-Poderiam nos dar mais um pouco de tempo? - questionou olhando para os Kwamis.

-Claro. - disse Tikki com um sorriso e novamente segurou o rabo de Plagg e o puxou para longe dali.

-Outra vez?! - reclamou Plagg - Eu quero os meus queijos!!! - gritou.

Marinette riu e Adrien revirou os olhos, olhando para a azulada com um sorriso logo depois.

-Sabe...eu nunca imaginei que um dia eu estaria nessa situação. - declarou se sentando no sentido oposto a ela, mas ainda próximo.

-Q-Que situação? - questionou ela.

-Na situação...de ficar nervoso perto de uma garota. - Marinette inclinou a cabeça para o lado surpresa - Sempre fui acostumado a estar perto de mulheres, e a lidar com elas, por ter crescido com uma garota e por sempre ter um monte de fãs por perto, quando eu saia. Mas com você é diferente.

-Como? - questionou ela em um sussurro.

-Perto de você...eu viro uma criança. - ele sorriu constrangido - É como se eu virasse um garotinho, que fica bobo ao ver a garota mais linda da escola. - Marinette corou - Ou então um adolescente com os hormônios a flor da pele, quando sinto vontade de te beijar. Geralmente...quando isso acontece é quando não tenho oportunidade para isso.

-C-C-Como assim?

-Na maior parte das vezes que tive esse desejo enlouquecedor, eu estava como Chat Noir. Era sempre uma tentação ficar perto de você como Chat, e não poder te tocar ou...te provocar - ele riu - como quando sou o Adrien. Mas...pelo menos ficar ao seu lado como Chat me trouxe uma revelação que talvez eu jamais me desse conta.

Marinette o olhou confusa. Vendo que ela ainda não havia se dado conta, ele sorriu e se aproximou um pouco mais. Ela estava abraçada as próprias pernas, segurando a barra de seu vestido. O tronco de Adrien ficou ao lado das pernas dela, enquanto as pernas dele passaram pelas costas dela, ficando esticadas.

-Em uma noite...após uma chuva que me pegou de surpresa...em uma sacada, com o céu estrelado sobre nossas cabeças...você contou a um gatuno de olhos verdes, que gostava do garoto da floricultura, que havia te presenteado com uma rosa vermelha...ao qual você deixou na porta da floricultura dele.

Marinette corou ligeiramente ao se dar conta de que havia dito seus sentimentos a ele a muito tempo, e só então havia se dado conta. Ele riu ao ver ela enterrar o rosto avermelhado, no vão que havia entre suas pernas e seu peito.

-Que constrangedor. - disse ela com a voz um tanto abafada.

-Eu não acho. - informou ele - Eu achei interessante.

-I-Inte-te-teressante? - questionou ela erguendo um pouco a cabeça e ele assentiu.

-Eu passei muito tempo te cantando. Tentando puxar assunto com você, e até mesmo tentei te seduzir para ver se você se abria comigo, para que eu pudesse te conhecer. Desde a primeira vez que te vi...vi o brilho dos seus olhos...o seu jeito delicado de pegar uma flor, levar ao nariz, e após sentir o aroma, esboçar o mais lindo sorriso que eu já tive a oportunidade de admirar...eu desejei te conhecer mais. Queria saber quem era você...como era sua voz...do que você gostava e do não gostava. Toda vez que você entrava na loja com seus olhinhos atentos, olhando em volta com curiosidade... - ele sorriu ainda mais - eu sorria e me perguntava o que se passava em sua mente, e o porquê de você estar com aquele olhar tão curioso.

Dança das FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora