Descontrole

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Marinette despertou próximo ao meio dia. Ao abrir os olhos, viu alguém sentado na beirada de sua cama. Após esfregar os olhos, viu que era seu pai. Suspirou aliviada por não ser Adrien, arriscando ser visto.

-Pai? - questionou Marinette se sentando na cama.

- Como se sente, querida? - questionou Tom.

-Cansada. - declarou ela sem se expressar.

-Seus ferimentos...ainda doem?

-E o senhor por acaso se importa?

-Marinette eu sou sou seu pai, é claro que me importo.

- Que interessante. Tenho 99,9% de certeza, de que foi o senhor, que deixou o Felix entrar no meu quarto e ainda por cima me trancar aqui.

-Entenda...Não pensei que ele seria capaz de te ferir dessa maneira. Queria apenas que entendesse, que você deve respeito ao seu marido.

- Como já lhe disse uma vez, darei respeito a quem me respeitar. E tenho certeza, que Felix jamais terá o meu respeito. E antes que diga qualquer coisa, eu já deixo avisado com clareza, de que apartir de hoje se ele erguer a mão para mim de novo, eu não vou ficar parada e deixar ele me agredir. Se a mão dele se levanta, o meu joelho também.

- Ele não vai.

-Como pode ter certeza?

-Por que essa manhã conversei com ele, e deixei claro, que se eu, não bati na minha própria filha, também não irei permitir que outra pessoa bata. Se ele o fizer, terá consequências.

-E mesmo diante de tudo isso...O senhor ainda não vai desistir de me casar com esse maluco.

-Sabe muito bem que não quebro meus contratos. Preciso de um herdeiro para a empresa e ele se encaixa perfeitamente nos requisitos.

-Requisitos. - Marinette riu com ironia - O senhor diz, como se estivesse intrevistando alguém para uma vaga de emprego, e não para se tornar o marido da sua única filha.

- Um dia você vai compreender, que tudo que faço é para o bem da nossa família.

Marinette se irritou ainda mais.

-Saia do meu quarto.

-Marinette...

-Se o senhor ainda tem pelo menos um pingo de respeito por mim, saia agora do meu quarto e me deixe em paz.

Tom suspirou e se ergueu da cama, ajeitando seu palito.

-O quadro chegou essa amanhã. Já estão no lugar do antigo.

Assim que ele saiu, Marinette cobriu o rosto com as mãos e respirou fundo. Subitamente a porta voltou a se abrir a assustando.

-Esqueci de mencionar, que seu Baile de Aniversario já está sendo planejado.

-O que?! - Marinette gritou - Um baile? De onde tirou a ideia de que eu vou querer um Baile de Aniversario, em um momento como esse?

-Seu Baile de Aniversario será junto com o seu Baile de Noivado. Um momento para comemorar seu aniversário, e montar seu teatro para as pessoas em relação ao seu relacionamento com o Felix.

-Traduzindo...no meu aniversário, eu vou ser obrigada a suportar o Felix em público e fingir que no mínimo gosto da presença dele?

-Fique feliz por eu permitir que convide aqueles seus amigos imprestáveis.

-O senhor não ouse falar dos meus amigos. - ela se ergueu de sua cama com a raiva estampada em seus olhos - Ao contrário de você, eles estiveram do meu lado quando eu precisei. Quando tudo estava desmoronando eu precisei se ajuda, eles estavam lá por mim. E o senhor...estava no seu escritório, se importando apenas com a sua maldita empresa. Então jamais, fale dos meus amigos porque você não tem o mínimo direito.

Dança das FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora