Contra a Parede

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Marinette adentrou na loja de ervas e ao ver ela vazia, se inclinou sobre o balcão de madeira vermelho, que guardava objetos antigos que aparentavam ser de grande valia.

-Mestre? - chamou ela.

-Aqui atrás! - disse uma voz masculina.

Marinette foi para trás do balcão e entrou pela porta que havia ali, que dava para dentro da casa. Ao entrar, Marinette viu Mestre Fu sentado em uma almofada, de frente para uma pequena mesa, que possuia um jogo de chá chinês.

-Como vai, Ladybug? - questionou o velho.

-Como todos os dias. - respondeu Marinette com um sorriso - E o senhor?

-Melhor do que alguém que está com uma marca vermelha no pescoço. - declarou ele servindo o chá.

Marinette se espantou e colocou a mão no pescoço, sobre o lenço.

-Co-Como o senhor...

-Venha. Tome uma xícara de chá comigo.

Marinette respirou fundo e se sentou na outra almofada, ficando de frente para o Mestre Fu. Após terminar de colocar o chá nas xícaras, indicou a Marinette que bebesse. A azulada pegou a xícara e a levou aos lábios, bebericando um pouco do conteudo.

-É doce. Do que é? - questionou Marinette.

-Se eu disser você vai entender? - disse Mestre Fu após afastar a xícara da boca.

-Não. - Marinette riu - Nunca que eu conseguiria entender o que cada uma dessas plantas significa.

Mestre Fu riu.

-Acreditaria se eu dissesse que em outro universo...você é uma arborista incrível? - questionou ele.

-Uma o que?

-Uma arborista. É uma especialista em ervas, raízes e plantas, transformando eles em chás e remédios.

-Não. - ela riu - Eu nunca acreditaria.

-Então me diga, minha jovem descrente... - ambos riram - O que está acontecendo atualmente em sua vida?

-Bom...mamãe parece estar melhorando. Meu pai enlouqueceu completamente. Meus amigos acabaram fazendo eu ter um encontro, que antes mesmo de começar...já havia terminado. E meu chefe se torna mais impaciente a cada dia.

-É assim que você define, agressão sem motivo? - disse ele colocando a xícara no pires.

-Ele...apenas se irritou por não ter conseguido arrancar uma unica moeda do grande empresário Tom Dupain. E eu...deveria ter feito ele pelo menos comprar um café.

-Marinette, agressão é agressão. Não tente justificar os atos crueis de um homem amargo e de coração frio.

-Ele é meu chefe.

-Mas não dá a ele o direito de lhe maltratar.

-Não posso fazer nada em relação a isso, Mestre. Se eu reclamar ou fazer uma queixa...vou perder meu emprego, e eu preciso do dinheiro para cuidar da minha mãe.

-Apenas...não carregue esse peso sozinha. Conte a alguém o que está passando. Você possuí amigos. A Alya...O Nino...O Nathaniel...O ChatNoir.

Marinette sorriu ao se lembrar de ChatNoir.

-O Chat vem me ajudando nesses ultimos dias. Ele...foi na minha casa.

-Ele sabe sobre você?

-Não. Nos encontramos em uma noite e nos aproximamos. Ele...se preocupa com a Ladybug.

Dança das FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora