s e v e n

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Era uma manhã de sábado ensolarada e Jasper não tinha nenhum trabalho da faculdade, então deu-se ao luxo de ficar deitado em seu quarto. Assistia a um episódio de Breaking Bad enquanto comia uma barra de chocolate branco que ficava na escrivaninha ao lado da cama. Precisou encontrar outra série para acompanhar depois que recebeu o lindo spoiler de seu subordinado e de seu pai sobre a série que via outrora.

— Filho...? — Jasper escutou a voz suave de sua mãe e três batidas na porta. Desligou a TV e foi até a fechadura, abrindo-a e voltando a se sentar na cama.

— Pode entrar, mãe.

— Licença... — Ela entrou com cuidado, fechando a porta e acendendo a luz.

O mais novo soltou um grito agudo, se escondendo debaixo do cobertor. Sentiu seus olhos arderem por conta da luz repentina.

— Mãe! Desliga isso!

— Que isso, Jasper! Olha o sol que está fazendo lá fora, e você fica trancado nesse quarto! — A mulher seguiu para a janela, abrindo-a sem a autorização do filho. — Este lugar precisa de ar, como consegue viver nessa escuridão?

— O que você veio fazer aqui? — perguntou com uma voz entediada, recebendo um olhar repreensivo. — O que você veio fazer aqui, mamãe querida do meu coração? — Dessa vez, ele falou com uma voz fofa e forçada, mas a mulher só bufou.

— Que bom que você perguntou... — Ela sentou-se na cama, vendo que havia três embalagens vazias de chocolate jogadas no colchão. A sra. Park suspirou, abrindo a escrivaninha e vendo que nela havia pelo menos mais dez barras fechadas. — Você vai engordar.

— Não acredito que você veio aqui falar do meu peso. — Jasper revirou os olhos, fechando a escrivaninha.

— Por que você e seu pai não entendem que açúcar excessivo no sangue não faz bem? Sem contar que você é muito novo para ter a barriguinha extravagante de seu pai, e existe ainda o risco de ter diabe… — O loiro resolveu interrompê-la.

— Mãe, por favor, deixe eu e meu chocolate em paz. O que veio fazer aqui? — Jasper suspirou, mas viu sua mãe repreendê-lo novamente com o olhar.

Às vezes, a ignorância e má educação de seu filho transparecia para todos à sua volta, mas a culpa era dela e do marido, que tanto mimaram Jasper.

— Tudo bem, não vou ficar no hospital com você quando estiver internado por não cuidar de sua saúde e preferir chocolate a salada... — Dessa vez, a sra. Park parou sua fala com o bufar vindo do mais novo.

— Mamãe!

— Tá bom! Vim aqui porque queria conversar com você a respeito disso aqui... — Levou a mão a um de seus bolsos, tocando com suas unhas pintadas o tecido fino. 

Tirou uma calcinha rendada, preta e com lacinhos nas laterais; a calcinha de Jasper. O loiro olhou da calcinha para o olhar cuidadoso de sua mãe. Suas bochechas começaram a esquentar, suas mãos, a suar e sua cabeça procurava uma explicação para sua mãe.

— Quer conversar sobre isso? A empregada achou no seu banheiro.

Jasper havia sido descuidado, utilizou a peça na Sex School e o certo seria não ter levado para sua residência, muito menos usá-la na faculdade no mesmo dia e ter colocado no cesto de roupa suja para lavarem e ele conseguir usar outros dias.

Assim que havia chegado em casa, se encarara no espelho, depois vestira a cueca, e depois a calcinha novamente. Era impressionante como algo tão superficial mudava a postura das pessoas e marcava suas curvas.

Olhou para todos os lados do quarto, imaginando se matava a empregada, seu chofer, a professora Liza por tê-lo obrigado a usar a calcinha ou, quem sabe, Hope, por ter escolhido sua vestimenta, sua mãe por tê-la achado ou a si mesmo, por ter gostado.

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