f i f t e e n

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— Lamento, senhor, mas não temos quartos disponíveis. — A moça dizia com um olhar triste para os dois homens, que já estavam cansados. — Vocês poderiam deixar algum telefone, pois quando desocupar algum quarto, podemos entrar em contato.

— Está bem. — Sebastian deu seu próprio número enquanto via os olhinhos pesados de Jasper ao seu lado. Ele estava morrendo de sono.

Era o sexto hotel que eles tinham ido naquela madrugada e nenhum possuía quartos disponíveis, todos estavam lotados.

— Jasper, vamos, eu te levo pra casa dos seus pais, para de ser teimoso! Você está quase dormindo em pé! — Caminhavam em direção ao carro.

— Eu não vou pra lá! — Jasper não estava mais sentado no banco de trás, agora sentava-se ao lado de Jeong, no banco do passageiro.

Park deu a desculpa de que não queria dormir para não se sentar no banco de trás. Mas Sebastian achou que era porque o loiro queria ficar mais próximo dele. Adorou a mudança.

— Daqui a pouco vai amanhecer e não teremos achado um hotel pra você... — bufou alto.

— Eu não quero ir pra minha casa! — fez um bico e cruzou os braços sobre o peito.

Mimado, birrento, lindo, tudo o que Sebastian conseguia pensar.

— Para de ser criança, Jasper! — O chofer ia dar partida, mas fechou os olhos e suspirou baixo.

Como não tinha pensado antes?

— Tem um lugar em que eu posso te levar e você pode passar o tempo que você quiser.

— Aonde? — ele viu o sorriso se formar nos cantos dos lábios do moreno. Levantou uma de suas sobrancelhas, desconfiado.

— Vou te levar para a minha casa. — E ligou o carro, já sabendo o caminho que deveria seguir.

— O quê? — Sebastian mantinha o sorriso nos lábios enquanto Jasper entrava em desespero ao ver o carro em movimento. — Não vamos, não!

— Vamos, sim. — Começou a rir enquanto ouvia Jasper ameaçando-o.

Sabia que ele ficaria reclamando, opor-se-ia até cansar. E demorou, mas ele calou a boca enquanto Sebastian dirigia para sua própria residência. Diminuiu a velocidade ao chegar e olhou para Jasper, que estava tão bravo que só encarava a janela.

O porteiro viu que era o carro de Sebastian, então lhe deu passagem. Jeong estacionou rapidamente e quando desligou o carro, ouviu o outro abaixar todo o banco e fechar os olhos.

— Eu vou dormir aqui no carro. — Ele tinha um bico nos lábios, suas bochechas estavam levemente rubras e seus olhinhos tentavam a todo custo se manter fechados.

— Jasper Park, saia desse carro agora! — disse em um tom brincalhão, vendo-o negar com a cabeça. Como sentiu vontade de beijá-lo.

Não conseguiu se segurar, levando as mãos às bochechas dele e apertando forte.

— Minha casa não é tão ruim. Eu te deixo dormir no meu quarto, posso dormir na sala. Tem ar condicionado no quarto também, o chuveiro tem água quente, minha geladeira é daquelas servem água na porta, eu tenho uma tevê que funciona... Mas me sinto mais confortável sabendo onde você tá, Jas, não quero te deixar em um Hotel. — Jasper abriu os olhos, vendo a feição preocupada e o olhar pidão do maior.

Suspirou, vencido, mesmo um tanto envergonhado por pensar em dormir no quarto do outro.

— Eu não vou incomodar?

Sebastian abriu um sorriso de orelha a orelha, descendo do carro e indo rapidamente para o outro lado, abrindo a porta para o loiro.

— Vem logo! — pegou o pulso do menor, este que começou a sorrir vendo a felicidade alheia. Jeong fechou o carro, indo em direção ao elevador sem soltar o pulso do mais baixo, que não reclamou. — Eu divido o apartamento com o Vicent e cada um tem o seu quarto, mas o dele fica trancado, então você pode dormir na minha cama que eu durmo no sofá-cama que tem na sala. Se estiver com fome, tem uma mulher que vende uma Marmitex deliciosa aqui em frente, mas se você quiser, eu te levo em um restaurante amanhã també... — Jasper colocou o dedo sobre os lábios de Sebastian, fazendo-o parar de falar.

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