18° Capítulo

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Chloe passou pela rua comercial fazendo de tudo para não ser vista por Thomas, que conversava com o senhor da barbearia. Ela ainda não tinha falado com ele desde o dia que descobriu que ele e os outros estavam investigando as mortes, por isso, com os passos mais acelerados que o normal, rapidamente chegou na escola. Seguiu direto para o banheiro, e parou de frente para o espelho para arrumar o cabelo em um coque.

— Você não vai acreditar...

— Credo, Tessa! — Gritou Chloe, após se assustar com a amiga.

Tessa gargalhou, mas logo retomou a postura.

— Adivinha quem se mudou para Brenstoly?

— Fala logo quem foi. — Falou Chloe , sem muito ânimo.

— Dylan Newman. — Deu um fino gritinho. — E está morando na antiga casa dos Campbell.

Chloe sorriu. — Claro. — Sussurrou.
— Na antiga casa dos Campbell?

— Exatamente. — Tessa mantinha um largo sorriso no rosto. — Está mais surpresa do que eu por ele ter vindo morar aqui? — Chloe piscou os olhos e sorriu de leve. — Sua... Ah, Chloe! Por quê não me contou?

— Ele me pediu segredo. — Encolheu os ombros.

— Eu sou sua amiga, e sei guardar segredos. — Fez bico.

— Tess, você é a maior fofoqueira da escola. 

Tessa cerrou os olhos e estendeu o dedo do meio bem a frente do rosto de Chloe.

— Vem... Vamos para a sala logo.

Chloe queria que Dylan entrasse pela porta da sala e talvez se sentasse na carteira ao seu lado, mas isso não aconteceu, o intervalo chegou e, a esperança de ter ele em sua sala se foi.

— ... Se ele concordar, eu falo com ela. Sabe como minha mãe é.

Conversavam enquanto seguiam para o refeitório.

— Se sei.

Dobraram o corredor dos armários.

— Ela é como um... e olha ele aí.

Chloe sorriu ao ver Dylan indo até elas, com as lindas covinhas a mostra.

— Finalmente eu te achei. — Disse ele, ao se aproximar dela.

— Estava me procurando, é?

— Por toda a escola.

— É... eu vou para nossa mesa antes que alguém a pegue. — Tessa falou, os deixando para trás. — Ah, Dylan, não enrola muito não, ela precisa comer. — Gritou, levando Dylan a gargalhadas.

— Então, se mudou esse final de semana?

Os olhos dele brilhavam.

— Pois é. Então, você me enganou, hum.

— Se refere a final do campeonato? Eu não o enganei, sério, me desculpa. — Riu. — Eu não pude ir.

— Eu sei. Só acho que você poderia me dar pelo menos um abraço. — Ele passou a língua pelos lábios antes de mostrar os brancos dentes num sorriso levado.

— Por que eu? Você também pode... — Antes de terminar a frase, teve seu corpo envolvido pelos braços do garoto. Inspirou o cheiro amadeirado dele e se arrepiou ao ter o pescoço beijado.

— Posso me sentar junto com vocês? — Ele perguntou após desfazer o abraço, ela arqueou uma sobrancelha. —  No refeitório.

— Ah, sim, pode.

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