Na manhã seguinte, os dois levantaram cedo, apenas Robert estava acordado na casa. Chloe preparou uma cesta com comida, enfiou uma coberta, e uma toalha para forrar o chão dentro de uma mochila e viu Dylan enfiar a toalha de banho dela lá dentro também. Ela vestiu um vestido de algodão amarelo claro, com pequenas margaridas estampadas na barra da saia, e nos pés uma botinha de campo. Dylan permaneceu com o moletom, já que não tinha roupas dele na casa dela. Se despediram de Robert e de Lívia que já havia acordado e logo deixaram a casa, seguiram o caminho a pé, de mãos dadas, ele carregava a cesta e ela, por insistência, a mochila e um travesseiro debaixo do braço, lembrado nos últimos segundos ainda frente a casa.
Eles eram os únicos no local, como previram, mesmo nas férias, era rara as aparições de pessoas por lá. Dylan procurou o lugar mais longe possível da estrada, e encontrou, acima da cachoeira, uma grande rocha cercada por árvores e flores do gramado.
— É lindo demais aqui. — Chloe falou, admirada com a vista do alto da cachoeira.
— Viu, e você não queria subir ainda. — Ele a abraçou por trás.
— Porque é muito alto. — Se desse um passo para frente via a água verde, as pernas chegava a tremer.
— Não é tudo isso, Chloe. — Ele abriu a mochila, tirou a toalha e forrou o chão.
— Para mim é. — Colocou a cesta sobre o chão forrado, jogou o travesseiro, e se sentou. — Podemos comer agora? Você não me deixou tomar café. — Ele riu.
— Podemos, sua comelona. — Ele pegou um morango e colocou na boca dela, beijou os lábios dela em seguida. — Não posso deixar minha namorada maravilhosa com fome.
— Não pode mesmo. — Anuiu, lambendo os lábios.
Chloe tinha preparado pequenos sanduíches com linguiça dentro, e outros com queijo, também colocou algumas frutas e até uma garrafa com chá. Após comer, ela se sentou de frente para o namorado e começaram a brincar com algumas pedrinhas em um jogo inventado por eles.
— É minha vez, Dylan. — Moveu a pedrinha. — Você está roubando! — Ciciou, brava.
— Juro que não estou. Você é ruim demais, amor. — Ele analisava sério o jogo.
— Arg... Não quero mais jogar também. — Cruzou os braços o encarando, Dylan gargalhou, jogando as pedrinhas longe.
— Tá bom! Vamos nadar? — Chloe maximizou os olhos.
— Tá maluco? A água deve tá congelando.
Dylan se colocou de pé, tirou a blusa e logo depois a calça, ficando apenas com a cueca. Estendeu a mão para Chloe que o olhava vidrada.
— Vamos? — Ela negou.
— Não vou, está gelada. — Ele riu, dando passos para trás.
— Não vai mesmo? — Arqueou uma sobrancelha.
— Não. — Ele se jogou, rapidamente Chloe levantou e correu para a beira da pedra. — Dylan? — Gritou, após não vê ele pela água. — Ai, é louco! Louco! — Murmurou. — Dylan? — Deu passos para trás. — Droga! — Puxou o vestido, o tirando do corpo.
— Amor, não está tão gelada. — Ouviu ele dizer em alta voz lá de baixo. Rapidamente se colocou na ponta da pedra para olha-lo.
— Seu idiota! Eu fiquei preocupada. — Brandou.
Dylan ria, mostrando os brancos e alinhados dentes.
— Desculpa! Pula aí. — Passou os dedos pelos olhos, tirando a água que descia dos cabelos.
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Caminhos Noturnos
Misterio / SuspensoBastou um olhar para nascer a obsessão. Chloe, a primogênita dos Martin, nascida e criada em um pequeno vilarejo na Inglaterra, apelidada por "Anjo" desde o nascimento. Uma garota doce e divertida, não imaginava que o dono de um coração frio e calcu...