Arthur era mais baixo que Dylan. Lembrava Jordan na palidez da pele e no cabelo cumprido. Os olhos eram verdes, como os de Dylan, era também a única semelhança, pois os de Dylan eram vivos e brilhantes, já os dele, eram frios.
— É meu irmão mais velho. — Dylan respondeu, ela arqueou uma sobrancelha. — Ele chegou da América noite passada.
— Perdoe-me, Dylan não me disse que tinha um irmão. — Desfez o olhar duro que lançava ao namorado e foi até o cunhado parado no segundo degrau da escada. Estendeu a mão. — Sou...
— Eu sei quem você é. — Ele ignorou a mão estendida dela. — Você é famosa aqui, talvez até... adorada.
— Eu sou é? — Olhou o namorado.
— Não dê atenção para o que ele fala. Arthur tem alguns problemas.
Arthur riu, irônico.
— Não sou o único aqui. — Ciciou, indo para a mesa.
— Sem discussões, meninos, temos visita especial. Dylan, diga o prato que fez para ela. — Albert a olhou. — Não é porque é o meu filho, mas ele é um bom cozinheiro.
— Dois pontos positivos já. — Ela disse, Dylan piscou.
Assim que pararam em frente a mesa, ele puxou uma cadeira para ela.
— Preparei o tradicional peixe com fritas. Sente-se que irei servi-la. — Assim ela fez.
Dylan saiu do cômodo e voltou para servir, colocou os filés de peixe empanados no prato de Chloe e depois as batatas fritas e, assim fez com os outros também, antes de se sentar ao lado da namorada.
— Bom apetite! — Albert disse.
Chloe levou o garfo com um pequeno pedaço do peixe espetado a boca, mastigou, os olhos de Dylan estavam nela, esperando alguma reação.
— Está delicioso! — Falou, o tempero era diferente do de Lívia, era bom, um diferente bom demais. — Foi você mesmo que cozinhou?
— Claro!
— Fez tudo sozinho? — Ele assentiu.
— Só eu cozinho nessa casa, quer dizer, as vezes meu pai tenta fazer alguma coisa.
Albert riu.
— Eu tento? Você aprendeu comigo, garoto. — Os dois gargalharam.
— E você, Arthur? Se arrisca na cozinha também? — Quis envolver o rapaz na conversa, ele tirou os olhos do prato e os focou nela.
— Não! — Disse, sem mais.
Dylan tocou a perna de Chloe.
— Ele não é muito de conversar. — Sussurrou próximo ao ouvido dela. Ela assentiu.
O jantar seguiu divertido, Albert era um homem engraçado, muito diferente do professor. Arthur não falou nada, parecia nem estar na mesa.
— Pai, depois eu lavo a louça.
— Não se preocupe, filho, eu lavo, aproveite o tempo com Chloe. — Albert levantou da cadeira recolheu alguns pratos. — Arthur, me ajuda?
— Sim. — Arthur recolheu os pratos restantes.
A mão de Dylan ainda estava na perna dela, ele levou até o joelho e apertou a fazendo rir.
— Para. — Ela bateu na mão dele, ainda rindo.
— Parei. — Beijou o rosto dela. — Quer subir?
— Pode ser. — Se levantaram e seguiram para a escada. — Por que não me falou que tem um irmão?
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Caminhos Noturnos
Misterio / SuspensoBastou um olhar para nascer a obsessão. Chloe, a primogênita dos Martin, nascida e criada em um pequeno vilarejo na Inglaterra, apelidada por "Anjo" desde o nascimento. Uma garota doce e divertida, não imaginava que o dono de um coração frio e calcu...