48° Capítulo

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Da varanda, ela sentia a brisa fria da manhã. Nas mãos, uma xícara de chá quente recebia o sopro no líquido, antes de ser degustado. A cada dia suas manhãs eram assistidas assim. A paisagem preta e branca lhe trazia melancolia.

O homem, que ainda dormia, aos poucos voltava ao normal, a preocupação ainda era visível na face.

Chloe estava passando por fases. Tinha dia que se sentia disposta a tudo e, outros, que só queria dormir. Aquele era um dia de disposição.

Após terminar o chá, continuou um tempinho a mais pensativa. Se perguntava o que faria se desse de cara com um lobo. Espantou os pensamentos e entrou para a casa.

Como era de costume, seu dia ficava melhor quando coloca atividades para fazer, a cozinha era um passa tempo.

Em uma tigela, preparou uma massa. Sentia vontade de comer scones. Cantarolava ao mexer a massa e não se deu conta de que estava sendo vigiada. Thomas a observava da entrada da cozinha, tinha um sorriso no rosto e estava leve. Ele coçou a garganta atraindo a atenção dela.

Chloe o olhou de imediato, envergonhada, riu.

— Posso ajudar? — Se ofereceu ele.

Ela assentiu, entregando a massa para ele mexer.

— Scones?

— Sim. — O respondeu , indo pegar o rolo para abrir a massa.

Os dois tinham sintonia, naquelas horas, Chloe lembrava como era antes. Era bom. Thomas era descontraído, leve e lhe passava segurança, aconchego.

Eles faziam um ótimo trabalho quando iam cozinhar juntos. Os scones com geleia de framboesa, ficaram prontos.

— Vou limpar essa bagunça. — Chloe falou, observando a sujeira que haviam feito.

— Não! Eu faço isso. Não a quero fazendo serviços pesados mais.

Ela franziu a testa. — Serviços pesados? — Ele assentiu. — O que? Lavar uma louça?

— Sem reclamar. — A pegou pelo braço. — Deixe-me te ajudar.

— Mas você já não me deixa fazer nada, Thomas.

Ele riu. Gargalhou.

— Quer ser como a Cinderela? — Ela revirou os olhos. — Viu só, não quer.

Ela bufou.

Sem dar importância a ele, começou a recolher os utensílios de cima da mesa. 

Thomas enfiou a mão na farinha e soprou sobre ela, rindo de imediato. Chloe Gritou de raiva, o xingando.

— Pegou no meu olho, seu idiota! — Disse, extremamente brava.

Ele, ainda rindo dela, se aproximou sem medo de apanhar. A segurou pelo queixo.

— Me deixe ver. — Pediu.

— Saía daqui. — O empurrou, em vão.  — Para de rir.  

— Ok. — Limpou a farinha que tinha no rosto dela. — Abra os olhos. — Chloe abriu, e Thomas assoprou. — Melhor?

Ele estava muito perto dela, a respiração batendo em sua face. Seu coração batia de forma acelerada. Cada vez que Thomas se aproximava dela nos últimos dias, era uma tortura, pois Chloe sentia um desejo absurdo por ele. Seu corpo parecia entrar em erupção.

Thomas circulou os lábios dela com o polegar. — Está melhor, anjo? — Perguntou, num sussurro.

Ela o olhou profundamente e assentiu. Thomas lambeu os lábios e soltou a respiração. Segundos depois, ele a beijou, a colocou sentada sobre a mesa e ficou entre as pernas dela.

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