...
Despertou sentindo algo frio em seu rosto, e viu o rosto de Thomas próximo ao dela, concentrado no que fazia. Percebeu também não estar mais sentada na cadeira, e sim, deitada no sofá.
- O que está fazendo?
- Acordou! - ele sorriu. - Estou colocando um curativo nesse pequeno rasgo em seu rosto.
- Não precisa. - Tentou se levantar, mas foi barraca pela forte mão do homem.
- Precisa, e fique quieta, se não, não consigo colocar direito. - Ela revirou os olhos. - Você dormiu na mesa.
- Vocês não calavam as bocas, e por falar nisso, aonde estão os outros?
- Brandon teve que ir para casa e John foi para o Jornal. - Terminou o curativo e se afastou.
- Hum, quem me colocou aqui?
- Eu. - Assistiu ele ir guardar a caixa de primeiros socorros. - Não vou poder ficar para dormir, então, quer ir para minha casa ou quer ficar aqui mesmo? - Perguntou ao voltar.
Claro que ele não poderia, com certeza Margot ainda estava em sua casa, o esperando para dormirem juntos.
- Quero ficar aqui.
- Sozinha? - Ela assentiu. - Certeza?
- Sim.
- Ok, então, vamos as regras...
- Eu já sei, Thomas, não se preocupe. Sério, eu sei me cuidar e já sou bem grandinha, vou ficar em casa.
- Tudo bem! Vou preparar algo para jantarmos.
- Eu te ajudo. - Seguiu com ele para a cozinha.
Diferente de John, Thomas sabia cozinhar, e fazia pratos deliciosos, como foi o caso do espaguete ao molho branco que Chloe fingiu o ajudar preparar.
Depois que Thomas anúnciou a partida, se despediu dela e ela esperou o carro se distanciar entrando e trancando a porta quando isso aconteceu.
Suspirou. - Que dia! - Disse.
Já passava das onze da noite quando ela resolveu ir se deitar, antes teve o cuidado de verificar as portas e janelas, pelo corredor dos quartos saiu fechando todas as portas e seguiu para seu quarto, fez uma oração antes de pegar no sono, e despertou na metade da noite, após escutar um barulho de algo caindo, abriu os olhos assustada, se ajeitou na cama em alerta, e depois de um rápido silêncio, se assustou novamente, abafando um grito, com o barulho vindo de sua janela, franziu a testa, segundos depois, novamente algo bateu na janela.
Chloe desceu da cama, acendeu a luz e foi até a janela, afastou a cortina e lá embaixo estava Gabriel, pronto para jogar outra pedra, que foi solta ao chão quando ele a viu. Os dois começaram uma conversa feita com gestos de mãos, e assim ele pediu para que ela abrisse a porta.
Bufou. - É maluco, só pode! - Disse em voz alta, ao passar pelo corredor e descer os degraus da escada.
Foi acendendo as luzes pelo caminho, até a porta. Gabriel entrou sorrindo indo abraça-la.
- Me solta... O que está fazendo aqui? Está bêbado? - Fechou a porta.
- Claro que não! Estava no Trevor, soube que está sozinha e vim te ver, saber como está, soube da briga também. - Ele tocou o curativo no rosto dela. - Obra da Megan? - Ela torceu o nariz.
- Infelizmente, mas também aliviei boa parte da minha raiva nela.
- Bem merecido, eu a vi, de longe, parecia mal. - Ela deu de ombros.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Caminhos Noturnos
Mistério / SuspenseBastou um olhar para nascer a obsessão. Chloe, a primogênita dos Martin, nascida e criada em um pequeno vilarejo na Inglaterra, apelidada por "Anjo" desde o nascimento. Uma garota doce e divertida, não imaginava que o dono de um coração frio e calcu...