Entre o Amor e a Razão (Em Revisão)

Capítulo 2 - A volta

Yaman

O percurso feito até em casa foi em  silêncio total, a todo momento olho os meus dois amores pelo retrovisor, ela estar com o olhar perdido, claramente estava em uma luta interna consigo mesma. Yusurf dormia em seu colo, em quanto acariciava seus cabelos de forma automática.

Nossos olhares se cruzaram no momento que paro no sinal, lágrimas caem do seu rosto e são por minha culpa, e isso me mata. Eu sabia dos risco que era assumir aquela mentira, mais como poderia deixar meu irmão ir para a cadeia? Ou um hospício? Mesmo sabendo o carinho que ela tem pelo meu irmão, sua sede de justiça é maior que qualquer outra coisa. Amando como me ama, chamou a polícia para mim,e por um fio não atirou.  Meu irmão não suportaria uma clínica ou cadeia, assim como não estou suportando esse inferno.

Fecho os meus olhos e volto meu olhar no trânsito, eu sei que lá no fundo ela não acredita em mim, ela me conhece por completo. Eu não sei por quanto tempo aguentarei esse fardo em minhas costas, novamente estou machucando a mulher que amo.

Chegamos em casa, olho novamente pelo retrovisor, ela pega nosso menino no colo após abrir a porta, um dos seguranças rapidamente a ajuda, e ela pede para pegar as malas e levar ao quarto. Permaneço no carro, fecho meu olhos e respiro fundo, porém já não consigo controlar e começo a socar o volante do carro.

-Maldição

Continuo a socar, e levo minhas mão ao meu rosto, fiquei alguns minutos ali, quando olho para casa, ela está na porta me olhando.

- Droga!

Decido sair do carro, sei que está me analisando de todas formas, mas lembro do meu irmão, não posso deixar ele ir preso ou que ela a o odeie, estou perdido, completamente perdido.

Quando chego na porta, tento passar mais ela não deixa, a olho com cara de poucos amigos, porém ela sustenta  seu olhar em minha direção.

Não se eu admiro sua teimosia ou se ponho sobre meu ombro e a levo para nosso quarto.

-Você não me assusta.

-Mais deveria, você não me conhece!

Ela sorrir e responde.

-Conheço o suficiente para saber quando mente, eu vi sua revolta de agora pouco no carro, o jeito que me olhava em quando estávamos voltando para casa e a forma que me amou á quatro dias atrás.

Engulo seco, a forma como me desvenda é assustadora, fecho meu olhos e minhas mãos.

- Pense o que quiser, a verdade você já tem.

Passo na sua frente, mais não antes de ouvi-lá dizer.

- Todo meu amor que eu sinto por você, de alguma maneira vou converter em ódio, porque não irei amar um ASSASSINO.

Depois de escutar isso, subo mais depressa o possível. Chego no meu escritório lembro do que ela disse.

"Não irei amar um assassino" 

Essa maldita frase não sai da minha cabeça.

-Maldição!

E jogo o jarro de água na parede.

- Não aguentarei ouvir essas palavras novamente, não vou.

Entro no quarto tudo me faz lembrar dela, todas as nossas noites que nos amamos como dois amantes nesse quarto, as lembranças me sufocam. Vou ao banheiro e tomo banho rápido, troco de roupa e saio do quarto, desço indo para sacada, sento na mesa e fico ali.

Olho pro céu e vejo a nossa estrela, fecho os olhos e peço que me ajude.

-Me mostre um caminho, só um, porque não sei se aguentarei esse fardo, me ajude.