Capítulo 04 - Conversa sobre filmes animados e artes floridas

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Jimin rodou Seul com Taehyung na garupa da sua moto por bastante tempo, a noite já caía vagarosamente e os tons noturnos começavam a revestir o céu como um véu preto salpicado de pedrinhas brilhantes, até que ambos chegaram a um pequeno estabelecimento nas proximidades do Namsan Park, onde na parte de baixo havia um café e no terraço podiam ser vistas algumas luzes que chamaram a atenção de Taehyung.

Jimin estacionou e ambos desceram. Depois de retirar o capacete e pôr no seu lugar, o mais baixo agarrou a mão do Kim e puxou-o consigo, conduziu até as escadas na lateral e o levou ao terraço, agora Taehyung conseguiu ver que o que havia ali em cima eram luzes, decorações com plantas, mesas decoradas de maneira simples e obviamente, pessoas, porém poucas, eles haviam sido uns dos primeiros a chegar.

– Por aqui – Jimin permaneceu guiando-o até uma mesa bem na beira da lateral, onde havia uma visão agradável da paisagem da cidade sob o céu noturno.

– É bonito... – comentou Taehyung olhando ao redor.

– Meu hyung gosta de me trazer aqui de vez em quando, foi o primeiro lugar que eu me lembrei.

– Seu hyung? – Taehyung perguntou com uma expressão intrigada.

– Sim – Jimin respondeu naturalmente, mas depois que olhou para ele e notou a expressão em seu rosto, deu um sorriso sem mostrar dentes, curioso. – Por quê?

– Não, nada demais... – o moço respondeu e desviou o olhar, Jimin riu anasalado.

– Não acha que é cedo demais pra sentir ciúmes?

– O que? Não, eu não tô sentindo ciúmes, só é meio... diferente, o fato do seu hyung ficar te chamando pra sair e jantar juntos sozinhos num restaurante romântico.

– Mas aqui não é romântico, só é bonito – Jimin riu. – E não, Seokjin hyung nunca me chamou em outras intenções, eu nem consigo imaginar uma coisa dessas, nós somos quase irmãos, sabe, nós crescemos juntos, desde a infância.

– Entendo – disse Taehyung. – Também tenho um hyung que é como um irmão, nós não crescemos juntos, mas nós moramos juntos atualmente e ele cuida de mim desde que a gente se conheceu... – ele fez uma pequena pausa, olhou ao redor por segundos e depois olhou para Jimin novamente. – Vamos pedir alguma coisa?

– Ainda está cedo, podemos esperar o tempo passar mais um pouco.

– Está bem.

Os dois fizeram silêncio e se puseram a olhar para a visão da cidade que conseguiam ver de onde estavam e para as poucas estrelas que podiam ser vistas no céu, até que Jimin sentiu a mão esquerda de Taehyung cobrir a sua, pontanto olhou para ele, e o mesmo pediu olhando em seus olhos:

– Me conta mais sobre a linguagem das flores.

– Sobre o que você quer saber exatamente?

– Ah... – Taehyung deu de ombros. – Só me conta tudo o que você sabe.

– Tudo? – Jimin riu, e Taehyung assentiu. – Certo, hmm... a linguagem das flores era usada na era vitoriana como uma forma de falar coisas sem dizer elas diretamente nem verbalmente, pra dizer coisas que às vezes não podiam ser ditas em voz alta, ou só pra expressar um sentimento de forma rápida...

– Me diz o significado das flores e das plantas na linguagem... todas as que você sabe.

– Tem certeza? São muitas, acha que vai decorar todas?

– Não tem problema – Taehyung mexeu nos bolsos da frente da calça que vestia, retirou seu smartphone de um deles e acionou a gravação de voz. – Finge que é um podcast.

BESTIUM • kth + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora