Interrogatório

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Levi viu as esmeraldas verdes tão nubladas de uma forma que nunca havia visto antes. Os corpos estavam próximos, suas pernas circuladas em volta da cintura alheia e aquela boca tentadora próxima ao ouvido. Aquilo era um combo de tirar o fôlego.

Estremeceu debaixo daquele corpo, sentindo uma onda de calor o acometer instantaneamente e sabia bem o que era aquilo: tesão.

Óbvio que ambos estavam bêbados e alterados, mas ainda assim estavam bem cientes do que faziam ou falavam, na verdade aquilo era apenas a cereja do bolo: se antes já não tinham limites, agora essa palavra sequer existia no vocabulário deles.

As línguas se tocavam de forma libidinosa dentro das bocas quando Eren iniciou mais um beijo fervoroso, pegando com força na rosto de Levi e guiando ele mesmo o ósculo que havia sido iniciado. O gosto de álcool era notável na boca; porém, sequer ligavam para isso.

Eren rompeu o ósculo com uma mordida no lábio inferior de Levi e desceu a boca até o pescoço, deixando já uma marca de chupada ali antes de prosseguir.

— Não me marca tanto, garoto. — Levi sussurrou enquanto segurava com força os fios castanhos e jogava instintivamente a cabeça ao lado contrário. — Ah!

Eren sorriu sacana com o gemido de Levi. Diferente da voz rouca que o mesmo tinha, o gemido era tão manhoso que só imaginou como seria a cena de vê-lo totalmente à sua mercê, gemendo seu nome enquanto o invadia com tudo o que tinha.

Oh, sim. Seria uma cena que gostaria de gravar para sempre na sua mente e nem mesmo sua imaginação fértil conseguia imaginar aquilo com exatidão; porém, sabia que queria aquilo e teria aquilo naquela noite. Se fossem ouvir, se fossem atrapalhar outros hóspedes de tanto gemer e gritar, não estava ligando para aquilo. A única coisa que realmente importava era aquele corpo pequeno e gostoso bem abaixo de si.

Com mordidas e chupadas generosas no pescoço agora marcado, foi abrindo a camisa preta que Levi usava sem convite ou cerimônia, botão por botão, revelando aos poucos o abdômen definido, mas não tão musculoso quanto o seu. A pele era tão clara, tão branca, que imaginou cada pedacinho daquele corpo com marcas que sua boca proporcionaria com muito gosto.

— Você é gostoso pra caralho. — Eren falou entre os dentes enquanto encarava o corpo de cima, ajoelhado entre as pernas de Levi. — Quero provar cada partezinha de você... — Eren abaixou-se mais uma vez, dessa vez passando o polegar na boca de Levi que o encarava fixamente, esperando o próximo passo.

— Não diga como se não fosse fácil... — Ele falou convencido enquanto as mãos ágeis iam até a barra da camiseta que Eren usava fazendo uma menção para subí-la, mas foi impedido.

— Fica quietinho aí, amor — Eren o empurrou novamente na cama —, quem manda aqui sou eu hoje.

— Eu não sou fácil como você pensa, garoto. — Levi sussurrou e Eren amou ver a forma que os olhos estreitos estavam desejosos, a voz rouca e um pouco entorpecida pela bebida entrando nos seus ouvidos, fazendo uma corrente elétrica invadir seu interior e algo dentro de si – além do tesão que já estava sentindo – se acendeu naquele instante.

— É? — Eren riu com a provocação, passando as mãos pelo rosto levemente avermelhado, descendo-as para o pescoço e depois os ombros, passando a ponta dos dedos e apertando ali de forma calma, apenas para vê-lo relaxar e se contorcer abaixo de si, logo as mãos desceram novamente, passando pelo peitoral e abdômen de forma provocativa, proporcionando arrepios na pele alheia. Ele colou a boca no ouvido de Levi enquanto uma mão descia para o cós da calça de forma lenta e torturante. — Você diz que não é fácil, mas está todo mole apenas comigo te tocando assim... Imagine quando eu estiver dentro de você, te abrindo e te enchendo com gosto, hum?

Love Shot (ERERI - RIREN)Onde histórias criam vida. Descubra agora