O tiro errado

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Victor:

  Quando acordei em meu apartamento decidi que ia imprimir fotos para mandar a Pérola, seus encontros nojentos com aquele homem tosco no bar, só de pensar me causavam repulsa. Depois de tomar um café, fui ao local para imprimir e enviar para a empresa.

Pensei mais um pouco, em como fui feliz com aquela mulher, hoje eu acabaria com seu amante, minha amada ia precisar de mim de novo se o advogado estivesse morto.

  Minha arma estava guardada, mas eu ainda tinha algumas balas, essa noite ia ser a última da vida de Pietro Dolle. Como de costume fui ao bar mas fiquei  do outro lado da rua observando tudo, o advogado chegou primeiro e se sentou, Pérola entrou no estabelecimento alguns minutos depois, deslumbrante em seu vestido, então os olhei de longe por longos minutos enquanto via minha querida mostrar as fotos ao amante , vi seus rostos preocupados, mas não esperavam o pior, então atravessei a rua com calma e entrei no bar :

- TODO MUNDO NO CHÃO. - gritei enquanto apontava a arma para todos.

As pessoas se abaixaram com suas mãos na cabeça, mas Pérola me olhou assustada.

  Depois de uma longa e chata conversa com ela e seu amante realizei o desejo de puxar o gatilho:

- NÃO! - os dois gritaram, enquanto Pérola se jogava na frente da bala.

- NÃO, MEU DEUS! PÉROLA. - Eu disse me jogando no chão enquanto seus corpos que caíram perto da mesa eram cobertos por sangue.

- sinto... muito. - ela falou em um suspiro agoniante.

- eu também sinto...meu amor. - Pietro disse fechando os olhos enquanto seus braços rodeavam o corpo dela.

As sirenes tocaram, cheguei perto dos corpos, eles estavam mortos, minha querida e amada ali gelada na minha frente me fez pensar que eu era um homem profundamente louco.

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