O destino nunca pareceu estar do lado de Izuku. Criado desde pequeno como um alfa lúpus, todos a sua volta tinham muitas expectativas quanto ao seu futuro brilhante. No entanto ele assistiu sua vida, planos e família se esfacelarem diante de seus ol...
Eis o plot que vira e mexe ressurge das cinzas para continuar.
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Os dias na fazenda dos Kirishima aos poucos se tornaram semanas. Longos dias repletos de afazeres que se estendiam do campo à casa. A adição dos amigos de Eijiro ao grupo se tornou um advento benéfico para ambas as partes. Izuku conseguiu não somente um abrigo para se ocultar da perseguição do pai alfa. Além de segurança, a vida em fazenda lhe proporcionava paz e aconchego. A família Kirishima os tratava como membros e eles agradeceram respondendo à altura.
— Já que somos Kirishimas, devemos ajudar também. — Izuku afirmou, levantando animado para ajudar na criação de animais no quarto dia. Assim que percebeu os demais saindo para o trabalho, ele se adiantou em correr ao quarto de Eijiro para pegar emprestado um modelo de vestimenta mais adequado ao trabalho no campo.
Antes que pudesse sair em disparada, Kotaru, um dos irmãos alfa de Eijiro o deteve ao tocar o topo de sua cabeça de modo gentil.
— Opa, vamo com calma aí, cara. Não pode simplesmente se jogar de cabeça em qualquer trabalho aqui na fazenda.
— Não me subestime, senhor "eu sou alfa". Posso fazer o mesmo que vocês. — apesar da frase soar como um desafio, seu tom de voz não era agressivo, apenas divertido.
— Tenho certeza que sim. Ômegas são sempre mais capazes que nós, alfas. Só estou dizendo que algumas atividades necessitam de experiência.
— Pois me ensine e eu faço!
— Deixe ele, Kotaru. Não tem como parar um ômega obstinado, sabe disso. — Hana passou fazendo sinal para que o ômega a acompanhasse e ele o fez, virando para fazer língua em provocação ao alfa que riu do gesto infantil e divertido.
— Cuidado para não deixar ele fedendo a você, Hana, ou o namorado dele vai ficar bravo, e ele é um alfa lúpus!
— Duvido que a mamãe deixe ele sair a tempo. Ainda mais depois que o colocou para ajudar a cozinhar.
— Shoto está na cozinha com mamãe? — Apoiado no batente da porta, Eijiro perguntou em meio ao bocejo enquanto esfregava a barriga na intenção de acalmar a filha que já estava agitada. Kotaru o abraçou desejando bom dia antes de começar a conversar com a sobrinha sem se importar com os resmungos do irmão que protestava por ele estar apenas deixando o bebê mais agitado.
Aquele corredor do segundo andar de manhã sempre era movimentado naquela hora. Cheio de vida.
— Sim, ele disse que precisava cuidar da alimentação de um ômega teimoso. — Ochaco riu ao sair do quarto trajada a rigor. A mordida no lábio inferior e olhar indecente que dedicou à Hana deixou evidente o que tinha em mente ao ver a alfa.
As bochechas de Izuku coraram e ele cobriu o rosto com ambas as mãos ao descobrir que seria mimado pelo alfa. Assim que acordou, bem mais cedo que o ômega, Shoto se abaixou, o beijou na bochecha e pediu para que ele não fosse na cozinha antes de ser convocado para não estragar a surpresa. Aquele zelo que tinha por ele o deixaria ainda mais mal acostumado do que já estava.
