Ímpeto

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Eu sei que vocês estão felizes por eu estar postando um capítulo todo dia, mas vou adiantar que isso é um surto. Tenho mais um capítulo escrito na revisão, mas não posso garantir que sairá amanha, até porque será um dia longo para mim. 

Mas vamos lá. Obrigada pelos votos e comentários, eu surto com eles. Talvez esse seja o motivo. 

Mais calmo, Izuku retornou a sala para as aulas da tarde

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Mais calmo, Izuku retornou a sala para as aulas da tarde. A conversa com os amigos havia lhe servido a dose de coragem que precisava para entrar e enfrentar os olhares dos demais sobre si. Ainda o julgavam pelo acontecido com Shoto, podia sentir isso em seus olhares e na maneira como se portavam perto de si, mas tentou ignorar da melhor maneira possível.

O professor chegou com o seu típico ar soturno, analisando os alunos com os olhos cansados e apáticos. Iniciou a leitura com a voz arrastada e pesada, como se lhe fosse difícil erguer a língua para pronunciar cada som. 

— Por favor, abram os livros na página quarenta e cinco, referente aos direitos inquestionáveis dos alfas. Nela encontramos o seguinte artigo: o ômega marcado, caso engravide deverá levar a gestação adiante se for desejo de seu alfa, a fim de resguardar a própria segurança — o professor deu uma pausa, erguendo o óculos com a ponta dos dedos. Cada gesto parecia lhe consumir uma quantidade absurda de energia — Vejam bem, a marca, como todos sabemos, é um contrato etern e invalidável, além de superior a qualquer outro, pois une o alfa ao seu ômega eternamente, sendo anulado apenas com a morte de um deles, no caso como o ômega só pode ser marcado por um alfa apenas, enquanto ele pode marcar até três ômegas, caso o alfa morra, o ômega morrerá junto, o que não ocorre em uma situação contrária. Isso é biologia básica, acredito que não preciso explicar sobre isso, certo?!

Enfim, temos o caso A, o famoso caso do ômega que, deliberadamente, agiu contra a vontade de seu alfa, abortando por não se sentir "preparado" para assumir tal responsabilidade, e tentou ocultar o fato de seu alfa fingindo ter sofrido um aborto espontâneo. Logicamente ele esqueceu o fato de que a marca o denunciaria, pois seu alfa sentia as suas emoções e percebendo seu medo e culpa, em um ato reflexo, o alfa, que já havia deixado claro seu desejo pela cria ainda não nascida, tornou-se agressivo e em sua fúria, gerada pelas ações egoístas do ômega, acabou sendo mais rude em sua punição, o que resultou na morte do ômega. Como previsto na lei, o alfa foi inocentado por entender-se que ele agiu de acordo com seus instintos. Então garotos e garotas, cuidado quando quiserem marcar um ômega, tenham certeza primeiro de sua submissão e caráter, ou correrão o risco de passar por todo um mal estar judicial caso aconteça algo parecido, além é claro da indubitável tristeza gerada pela cria perdida.

Aquelas palavras cheias de preconceito enojaram Izuku que se sentiu mal pelo ômega, morto de maneira tão brutal, simplesmente por desejar ser independente. Ergueu a mão antes que pudesse pensar direito, intentando questionar.

_ Está nos dizendo que a lei permite o "assassinato" de ômegas por seus alfas e atribui a culpa a vítima?

O professor o encarou com o semblante pesado, tentando ser cordial.

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