Mudanças

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Quero todo mundo preparado para não dizer que não avisei!

Quero todo mundo preparado para não dizer que não avisei!

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— Suponho que esse é o tal ômega por quem quase morreu. — disse com desdém fazendo Izuku se sentir ainda mais envergonhado.

O olhar de Endeavor sobre si o deixou constrangido. Era frio, analítico e extremamente incômodo como se o despisse por completo. Não conseguia ligar Todoroki a ele.

— Me desculpe, senhor, eu realmente... — iniciou sem jeito, com a voz falha, totalmente intimidado pelo alfa mais velho.

—Não se desculpe por nada, Izuku, você não fez nada errado, fui eu quem decidiu ir atrás de você.

— Que galanteador, Shotinho. — Toga instou irritando-o enquanto mantinha aquele maldito sorriso debochado que parecia nunca abandonar seu rosto.

— Vamos, Toga. — Endeavor sentenciou rumando para a saída sob o olhar dos demais, menos de Izuku que se sentia culpado demais para fitá-lo.

— Acho melhor fazermos o mesmo, Bakugou. — Eijirou se adiantou puxando o alfa pelo braço saindo atrás de Endeavor e Toga.

— Não me puxe desse jeito, merda, eu sei andar! — a voz do loiro ecoou descontente pelos corredores enquanto o ruivo ria com a mão sobre a boca, acenando para o amigo e piscando o olho direito enquanto sibilava um "boa sorte".

Finalmente estavam apenas os dois a sós, e o silêncio que caiu sobre o quarto parecia ensurdecedor, como se houvessem coberto o mundo sob um domo transparente. O ômega ficou sem jeito de se aproximar, ainda temeroso e envergonhado demais para agir.

— Pode chegar mais perto, eu não vou te morder, prometo. — Shoto brincou tentando afastar o clima tenso. Mesmo estando em recuperação e com os instintos ainda em desordem ele conseguia farejar o medo e desconcerto que faziam os olhos verdes do ômega fugirem dos seus. Assim como captava um leve desejo de se aproximar, ciente de que também poderia ser apenas julgamento errôneo da sua parte — Venha, meus caninos estão bem guardados, veja — ergueu o lábio superior para provar — Viu? Do tamanho certo.

Izuku riu finalmente sentindo-se confiante para se aproximar da cama. Fechou os olhos tentando identificar a essência de Shoto, percebendo-a fraca em tímidas nuances o que indicava que ele ainda estava debilitado.

— Como se sente? — perguntou afável.

— Doído e cansado. Parece que um trem passou em cima de mim. Duas vezes. — resmungou se ajeitando na cama sendo prontamente ajudado pelo ômega que se aproximou movendo o travesseiro para deixá-lo mais confortável.

Perto demais, o suficiente para Shoto sentir o calor de seu corpo e ouvir o palpitar frenético de seu coração e o aroma inconfundivelmente inebriante que ascendia de sua pele, lutado para conter um leve rosnado em resposta.

— Ei, você realmente está com medo de mim? — seus olhos bicolores encararam os verdes quase aflitos — Eu não vou fazer nada, prometo. Nunca mais.

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