Convicção

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Cheguei mais uma vez! Estou realmente muito feliz com a receptividade da fic, de coração ❤❤❤

Desculpe não ter respondido a todos os comentários ainda, eu usei o tempo que tá curto pra escrever e betar.

Inko esperava que o filho fosse sair de dentro do banheiro apavorado, choroso e sem palavras, aflita pela assustadora possibilidade dele tornar-se uma vez mais a versão que fora em sua adolescência

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Inko esperava que o filho fosse sair de dentro do banheiro apavorado, choroso e sem palavras, aflita pela assustadora possibilidade dele tornar-se uma vez mais a versão que fora em sua adolescência. Por Deus, ela sabia o quanto haviam sofrido naquela fase, com Izuku depressivo, detestando sua condição a ponto de tentar se matar e fugir de casa por conta do preconceito que sofria não só na sociedade, como também na família. O despreza que recebeu do pai quando se descobriu ômega foi o estopim. De filho amado, motivo de orgulho para criança indesejada por conta de sua condição.

Haviam sido dias difíceis de batalhas e lágrimas e Inko tremia de pavor só de lembrar das incontáveis noites que passou ao lado dele, acalmando-o quando ninguém mais podia, cuidando para que ele não se suicidasse. Chegou até mesmo a tirar de sua mão uma faca, evitando que ele terminasse de sangrar o pulso, chorando ao ver as diversas marcas de autoflagelo espalhadas por seu corpo. Tudo isso quando ele tinha acabado de completar treze anos, tentando esquecer o pouco caso que o marido fez da situação, deixando claro que seria melhor que ele tivesse conseguido.

Eram tantos temores, tanta aflição que ela sentia que ia desmaiar a qualquer instante.

No entanto o que viu assim  que ele saiu do banheiro a deixou aturdida de um jeito inesperado.

Ele tinha os olhos sérios e compenetrados, ainda que vermelhos e úmidos. Soube na hora que ele estava lutando contra tudo o que havia dentro de si para impedir que aquelas lágrimas rolassem, o que era uma batalha quase impossível para uma criatura sensível por natureza como um ômega.

Ele se sentou ao seu lado na cama, abraçando-a de maneira acolhedora. Assim como ele, sua mãe também era uma ômega lúpus e tudo aquilo a deixava tão sensível e transtornada quanto si mesmo, e Izuku já havia feito a mãe sofrer muito por conta de sua fraqueza.

Seria forte também por ela, afinal eles só tinham um ao outro para se apoiar. Era sua única família.

— Me desculpe mãe, eu não deveria ter saído sem a sua permissão, nem brigado com a senhora — aspirou com ternura o aroma familiar que tanto acalmava, ciente de que estava tomando as rédeas da situação.

— Isso não importa, meu filho. Sei que teve seus motivos e eu reconheço que falhei ao te forçar — afastou-o analisando o rosto com uma expressão sofrida. Seu menino havia passado por tanta coisa em seus poucos anos de vida que era um verdadeiro milagre que ainda o tivesse — Mas agora me conte o que foi que aconteceu com você?

O jovem suspirou sentindo-se tenso e angustiado com aquele momento. Tinha que ser cuidadoso e pensar bem nas palavras pra não alarmar ainda mais a mãe, mesmo sabendo que era inevitável.

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