Ultimato

2K 197 315
                                    

Oi, primeiramente me desculpem pela demora, tinha uma cena que estava me pegando no pé, e eu não conseguia sair dela, então resolvi mudá-la para finalmente destravar. 

Parecia uma cena familiar, como se aquele fosse o lar do alfa, apesar de obviamente ele estar longe disso

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Parecia uma cena familiar, como se aquele fosse o lar do alfa, apesar de obviamente ele estar longe disso. Shinso encarava Izuku com o olhar concentrado e deu mais alguns passos trôpegos, aproximando-se com o gingado vacilante.

Inko se afastou da porta, atordoada como deveria agir com aquela visita inesperada. Shoto se colocou de prontidão, segurando-se para não puxar o ômega para trás de si mesmo que isso deixasse o seu alfa interior louco e angustiado. De que tipo de relação ele estava falando afinal? Será que havia algo entre os dois?

Encarou Izuku em busca de respostas, mas ele não se abalou ou demonstrou sinais de hesitação ou medo, nem mesmo seu perfume — encoberto por causa dos adesivos, coleiras e supressores. Ou Shinso estava blefando ou Izuku estava conseguindo manter as aparências.

Sentiu-se enojado por pensar algo assim do ômega, Izuku não era aquele tipo de pessoa.

"Você deveria marcar logo esse ômega para impedir esse tipo de situação" seu alfa interior rosnou, cobrando uma posição e Shoto desejou que houvesse alguma maneira de silênciá-lo com um soco bem dado " Vai simplesmente deixar outro alfa falar com ele assim?"

Shoto não iria dar ouvidos aquela versão escrota de sua personalidade, iria suplantá-la, por isso ergueu a mão e tocou o lugar onde costumava ficar a coleira de contenção, lembrando que deveria se manter controlado. Aquele alfa interior não iria vencê-lo. Izuku era suficientemente capaz de conduzir a situação e ele só interviria se houvesse necessidade real.

— A nossa relação, Izu...(hic) — Shinso soluçou, perdendo a fala por um momento, e ergueu a mão para mostrar o dedo indicador em aviso — ... Vamos falar sobre ela.

Um rosnado baixo e impossível de ser contido escapou da garganta de Shoto, mas ele se conteve. A confusão de Izuku parecia estar se transformando em raiva.

— Shinso, mas que droga, você está bêbado demais, não temos nada o que falar! — repreendeu-o.

— Temos sim, Izu...Izuku... (hic)... vamos falar sobre a nossa maldita amizade — tropeçou nos próprios pés caindo no chão quase em câmera lenta, rolando enquanto abraçava a garrafa contra o peito. Sua voz agora soava como um lamento, completamente embargada pelo choro. Shoto notou que sua irritação vinha de si mesmo — Eu sei que fui idiota, mas não deixe de ser meu amigo, por favor... eu vou falar com o meu pai, vou gritar na cara dele "EI, FILHO DA PU(hic)TA, EU NÃO VO AZEITAR PORRA NINHUMA! ENF(hic)IA ESSA PORRA DE...hic... EMPRESA NO CU!", é eu vou falar isso, bem assi(hic)m só não fica com raiva de mim, Izu, eu te amo.

Inko revirou os olhos para a cena, aparentemente refeita da surpresa inicial ao perceber que Shinso não representava nenhum perigo eminente, e saiu com as mãos nos quadris ao perceber que o visitante não oferecia risco nenhum.

AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora