001

2.6K 263 199
                                    

O sol matinal entrava pelas enormes janelas de vidro do quarto de Bárbara e Victor

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O sol matinal entrava pelas enormes janelas de vidro do quarto de Bárbara e Victor.

Era uma terça-feira, mas não uma comum. Pelo menos, não pra ela. Hoje, eles estavam completando seu primeiro ano de casamento.

Bárbara sentiu uma coisa fria tocar sua bochecha e levemente em direção até seus lábios. Sentiu uma mão acariciando seus cabelos. Ela abriu os olhos lentamente e sorrio.

—Bom dia.—disse sonolenta.

—Bom dia Amor.— Victor continuava com a mão em seu cabelo. Um aroma entrou pelas suas narinas.

Victor se levanta. Minutos seguintes, Bárbara faz o mesmo. Ela olhou pelo quarto gigantesco que estava com vários buquês de flores. Ela se virou e percebeu Victor já arrumado com seu estilo streetwear.

—Estou em dúvida se esse perfume é das flores ou do meu marido cheiroso.— Bárbara respira fundo com objetivo de sentir o belo aroma no ar.

—Antes de ir para a gravadora—Victor ajustou a manga do moletom preto —quero te entregar uma coisa.

Ele andou até o closet demorando no máximo um minuto. Quando voltou, estava com um colar de ouro-branco lindo e delicado, com uma pedra de diamante como pingente, em uma caixinha.

—Um presente para você. Deixa eu colocar.—Victor falou e Bárbara vira as costas. Ela afasta o cabelo. Então ele coloca o colar no pescoço da amada e beija o mesmo.

—É...lindo.— Ela sorri com os olhos e Augusto deixa um beijo em sua cabeça.

Uma ideia surge nos pensamentos de Bárbara.

—Você vai demorar hoje?

—Não. Hoje irei reler algumas letras de música, gravar o começo de uma do novo álbum. Acho que as 20:00 estarei aqui.— Disse monótono.   —Por quê?

—É... nada. Te espero aqui.

—Tá bom.— Um leve sorriso se repuxou nos lábios de Victor e ele sai do quarto dos dois.

_________________________________

Já eram quase 20:00 da noite.

Bárbara havia preparado um jantar romântico para Victor, pensando nos mínimos detalhes durante toda a tarde. Ela se vestiu de uma forma simples, porém elegante. Um vestido azul-petróleo longo com um pequeno decote, junto com seus pequenos saltos pretos.

Ela decorou a mesa com algumas pétalas de rosas, acendeu as velas aromatizadas com cheiro de Canela e Vanila.

—Acho que está tudo perfeito.— Disse ela em voz alta.

A escuridão da noite já entrava pelas enormes janelas de vidro-cinzento. Bárbara se sentou na cadeira da mesa de jantar e esperou.

__________________________________

Não marcava mais 20:00 no relógio há um bom tempo. Agora, passava-se das 02:00 da manhã.

O rímel da maquiagem de Bárbara já tinha escorrido pelas bochechas. Seu prato estava sujo pela comida que Bárbara comeu sozinha e Victor nem se quer atendia os telefonemas.

Tristeza abalou o corpo dela. Tinha preparado tudo aquilo pra mostrar seu amor e ficou plantada esperando seu marido, no dia de comemoração de casamento, sozinha.

Ela sentiu novamente lágrimas quentes descerem pelas bochechas e fungou. Seu peito doía de tanta angústia e sofrimento.

Ela ouviu a porta da frente ser aberta e alguém - ele - entrar cantarolando. Bárbara passou a mão em seu rosto, limpando as lágrimas que escorriam, se levantou andando até onde ele estava.

—Victor?— Chamou e ele se virou para ela.

—Hmmm? Eu.— O 'eu' saiu meio enrrolado. Ela sentiu o cheiro de bebida. Merda.

—Onde você estava? Disse que estaria em casa as 20:00, e eu fiquei te esperando.— Ela soluçou um pouco as palavras.

Victor olhou para sua roupa e deu de ombros.

—Eu... Os meninos me chamaram para sair. E eu fui.— Disse seco.

—Hoje é... ou era uma data especial, Victor. Para mim. Para nós! Eu fiz um jantar para que nós comemorássemos. Juntos!

—E? Eu não ligo.— Aquilo apertou o coração de Bárbara. —Não pedi para fazer nada.— Falou friamente. E cada comentário de seu esposo era uma facada em seu coração. —Só queria me divertir porra.— Falou enrolado.

—Victor...— Sussurrou com os olhos chorosos. —Seu idiota!

—Com certificado e tudo.— Ele deu de costas e andou até o início das escadas.

—Simples assim? Não atendeu nenhum telefonema. Nem se quer foi capaz de me mandar uma mensagem, merda!— Grita Bárbara aos prantos.

—Ah. Larga do meu pé!— Victor subiu, deitando na cama dos dois e dormindo segundos depois.

Bárbara se encostou na parede e escorregou até ficar sentada no chão. Ela agarrou os joelhos e chorou baixinho.

__________________________________

3 meses depois...

Bárbara olhava para para Victor do outro lado da grande mesa.

Os papéis do divórcio já estavam posicionados na sua frente. Suas mãos estavam suadas e a testa latejava um pouco.

Victor não esboçava nenhuma reação. Nem medo. Nem tristeza. Nem raiva... Parecia mais uma pedra solida de gelo - como estava nos últimos dias de seu relacionamento.

—Srª. Campbell?— Chamou o juiz e Bárbara despertou de seu transe. —Pode assinar os papéis.

Um arrepio subiu pela espinha de Bárbara e subiu até a nuca. Quando o juiz falou isso: "Pode assinar os papéis" vários flashback's em sua mente.

Antigas memórias ao lado de Victor. Memórias que ela jamais esquecerei, das quais deram o primeiro beijo, a forma como Victor fazia as melhores surpresas para conquista-lá, a declaração na Montanha Russa, de quando Victor se tornou famoso...

Victor famoso, pensou. Quando a ruína de meu casamento começou a chegar. Ela queria dizer essas palavras, porém, elas ficaram presas em sua garganta.

—Srª. Campbell?—Chamou novamente o juiz.

—Hm? Ah, claro.— Ela pegou a caneta de metal na mão.

Foi fria ao toque e estava tremendo um pouco enquanto assinava na última linha do papel.

Bárbara Somerhalder Campbell. Assinou com a caligrafia cursiva e delicada. Logo depois afastou a folha para Victor que, pelo que pareceu, não pensou duas vezes para assinar.

 𝘁𝗵𝗲 𝗺𝗶𝘀𝘀 𝘀𝗼𝗺𝗲𝗿𝗵𝗮𝗹𝗱𝗲𝗿 | 𝖻𝖺𝖻𝗂𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora