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Bárbara sentia que seu corpo estava mais leve devido ao número avassalador de taças de algum drink que havia bebido.

Ela caminha em direção a uma escada que dava para uma laje/varanda num segundo andar. Ela segura as saias do vestido para que conseguisse andar melhor.

A lua brilhava do lado de fora e as luzes de Nova York estavam iluminando um pouco do lugar; Bárbara viu uma silhueta do próximo ao parapeito e encolheu um pouco o corpo.

— Desculpe. Não sabia que teria alguém aqui — falou ela. A silhueta se virou revelando quem era. — Ah, é você. — a voz de Bárbara soava desinteressante ao ver Victor.

— Oi. — Falou e se virou novamente.

Bárbara se aproximou do parapeito também. Os saltos estalando no chão.

— O que veio fazer aqui? — Perguntou Victor e olhou para ela.

— Precisava respirar. Não aguentava mais ver rostos famosos e ouvir pessoas falando de suas novas aquisições, e futuros projetos. — Disse Babi. — E você?

— Pensar. Olhar a lua — Victor olha um pouco para as estrelas —, já que não estou mais sob o efeito das drogas.

Babi sentiu a garganta secar.

— Eu... Me desculpe, Vic. — Diz ela soando sincera. — De verdade.

— Tudo bem. — Victor umedeceu o lábio inferior. — Meu comportamento ultimamente não poderia demonstrar outra coisa que não fosse violência devido a maconha. Mas um certo... passarinho verde me aconselhou a parar.

— Entendo. — Bárbara coloca uma mão no parapeito de pedra. Era frio ao toque e um pouco úmido devido ao sereno noturno.

Babi sentiu sua mão mais quente e olhou para ver o que era.

— O que...?

— Precisava sentir sua pele novamente. Mesmo que uma última vez — Victor passou o polegar na parte de cima da mão de Babi e ela sentiu os pelos do corpo se arrepiarem.

— Vic...

— Eu fui imaturo, Babi. Com você, com minha mãe, com todos. Não dei o valor que você merecia porque fui idiota em preferir minha carreira. Achei que era o mais importante — Victor disse. — Mas não percebi que na verdade, o mais importante, era você.

Aquela última revelação fez o coração de Babi bater mais rápido. Victor aperta a mão dela e leva-a até o seu coração.

— As vezes eu acho que isso só bate quando eu te vejo. Ou quando você fala comigo, mesmo que seja insultando. — Ele dá um meio-sorriso levemente e se afasta. — Você deve acha que são apenas besteiras o que eu disse, então pode ignorar se quiser. — Ele caminha em direção a escadaria mas Babi segura o pulso dele.

— Agora eu percebo que você não é o drogado impaciente que eu pensei que fosse — diz ela e anda até a frente dele. — Erros são feitos para serem cometidos — ela segura o rosto de Augusto, colando seu corpo ao dele, e o beija.

*

Victor encosta as costas de Babi na parede e segura a coxa dela, subindo sua mão até a bunda de Babi e aperta enquanto continua o beijo que Bárbara havia iniciado.

— Cacete — disse ele ofegante e começa a beijar o pescoço de Bárbara. Bárbara solta um gemido.

— Vic. — Ofegou. — Para, para — disse ela arfando um pouco e Victor solta-a. — Vem — ela puxa-o pelo pulso em direção as escadas.

— Pra onde?

— Pode ser efeito dos drinks: mas eu não vou transar com você aqui — disse ela descendo as escadas com Augusto logo atrás. — Vamos pro meu apartamento — disse.

Quando entraram na parte onde estavam os famosos, Babi e Victor tentaram fingir ao máximo que não tinha acontecido nada minutos atrás.

— Finja ao máximo — ela sussurrou e ambos os dois foram até às portas de saída. Bárbara agradeceu por nenhum famoso ter falado com ela.

Quando saíram na porta, Babi procurou a limusine. Ela tinha mandado uma mensagem para o motorista assim que estavam se aproximando da entrada.

O tapete vermelho do lado de fora estava vazio e a rua silenciosa. Graças a Deus, agradeceu Babi em pensamento. Bárbara abre a porta de trás e Victor beija-a antes dos dois entrarem no carro.

 𝘁𝗵𝗲 𝗺𝗶𝘀𝘀 𝘀𝗼𝗺𝗲𝗿𝗵𝗮𝗹𝗱𝗲𝗿 | 𝖻𝖺𝖻𝗂𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora