Walking through hell...

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HERMIONE

Finalmente eu estava na minha sala. Depois de uma semana terrível ao qual precisei colocar meu trabalho em dia e reuniões atrás de reuniões eu finalmente consegui me acomodar na minha própria cadeira.

Minhas pernas não paravam de queimar por andar pelo átrio o dia todo carregando pastas e mais pastas contendo as informações necessárias para as reuniões cansativas que Kingsley fazia questão de me levar junto, em cima de saltos altos.

A minha volta ao ministério foi nada menos que uma sucessão de agradecimentos e alivio, ao sair da lareira antes mesmo de conseguir dar um passo em direção aos elevadores já fui abordada Robards solicitando uma hora privada para uma discussão sobre aumento de verbas ao quartel general. Ao entrar no elevador Mclaggen me bombardeou com suas perguntas intrusivas e pouco discretas sob a alegação que o ministério não estava em pleno funcionamento com a minha ausência, me fazendo revirar os olhos até quase sentir a dor por trás deles. Suas mãos a todo momento tocavam em minhas costas me fazendo dar um pequeno passo à frente com a intenção de evitar seu contato.

Quando o elevador parou no nível três e Blasio Zabini entrou com sua indiferença Sonserina me fazendo soltar um suspiro aliviado, lhe lancei um olhar desnecessário de suplica, pois assim que ele reconheceu minha presença ele empurrou algumas pessoas presentes sem a menor cerimônia causando algumas reclamações. Atirando seus braços em volta do meu corpo me fazendo afundar meu rosto em seu peito devido ao seu abraço sufocante, enquanto suas palavras apressadas na sua língua nativa eram disparadas com pressa e muito altas:

-- Gesù Cristo, Leonessa mai così felice di vederti in questo ascensore, non posso più accettare quei rapporti, promettimi di non abbandonarmi mai con quei figli di puttana semianalfabeti, non ne posso più di leggere quelle cose mal formulate! – Sua voz era alta e seu abraço estava me sufocando. (1)

-- Eu te prometo qualquer coisa, se você me deixar viva! – Falei estrangulada.

-- Ohh! – Exclamou. – Perdono! - Seus braços afrouxaram seu aperto mais suas mãos permaneceram em meus ombros enquanto ele se abaixava para ficarmos cara a cara. – Stai bene? (2)

-- Si, si certo... ma che succede? Sei la terza persona che mi si avvicina. – Perguntei confusa, olhando rapidamente para McLaggen que nos encarava de boca aberta. (3)

-- Mia cara, Penso che tu abbia sottovalutato la tua presenza tra questi animali, senza di te si comportano come irrazionali.- Ele falou sorrindo calorosamente para mim, mas logo seu rosto ficou em branco quando sua atenção foi direcionada para o Loiro ao meu lado. – Há algo em que eu possa te ajudar McLaggen? (4)

Ele continuou nos olhando como se estivesse encarando um goblin vestido de palhaço e falou afetado:

-- Não sabia que Hermione falava italiano. – Seus olhos se estreitaram. – Desde quando estão juntos? – Sua pergunta soou quase desapontada.

Blasio por outro lado o olhou como se quisesse faze-lo se desintegrar. Muitas vezes eu tinha dificuldades em associar o Sonserino a sua casa, mas eram momentos como esse, com seu rosto mostrando toda a frieza e a arrogância que eu me lembrava que não teria casa melhor para ele.

-- Não vejo onde isso seja da sua conta. – Ele respondeu ainda o olhando com frieza e desprezo.

Dando um passo atrás McLaggen colocou uma maior distância bem-vinda em nossos corpos quando não recebeu uma negativa de Blasio. Seu olhar decepcionado e amargo agora estava em mim.

-- Nunca pensei que você se juntaria a esse tipo de homem. – Suas palavras foram rancorosas e venenosas.

-- Eu não sei a que tipo de homem você se refere McLaggen, mas eu tenho certeza que a escolha dos meus relacionamentos só diz respeito a mim. – Falei irritada. – Então para um futuro imediato, aconselho que escolha muito bem suas palavras que vai direcionar a mim, capiche?

Ocean Eyes - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora