CAPÍTULO UM

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  Olá, meu nome é Jackson, tenho 23 anos, moro sozinho em um apartamento no bairro do Pina em Recife, Pernambuco. Trabalho em um Call Center e estou no quarto período no curso de publicidade. Não sou um gato, mas também não sou feio, acho que sou atraente e gostoso. Sou moreno, tenho olhos castanhos, cabelos curtos e 1,73m de altura, 76 kg, minha barriga é natural (não obesa e nem tanquinho), tenho um peitoral e braços fortes. Enfim, sou um cara atencioso, romântico, sincero e fiel.

  Nesse ano eu passei por uma fase emocional trágica nunca ocorrida na minha vida. Desde os meus 16 anos, eu fui feliz e me considerava o homem mais amado e realizado do mundo, porque eu e David (falecido pra mim) éramos um só coração, em tudo a gente se completava e combinava, nunca brigamos, só tivemos pequenas discussões, normal em um casal apaixonado.

  Eu tinha também um amigo que era como um irmão pra mim, o Talles. Fomos criados juntos, na infância aprontávamos milhões de travessuras, éramos os pimentinhas, assim chamavam-nos os nossos familiares. Nossas mães continuam sendo amigas, elas não têm nada a ver com as discórdias que a peste do Talles anda aprontando. É gente, eu confiava muito no Talles, colocava a mão no fogo por ele e nunca imaginei que ele teria coragem de fazer isso comigo. Pois bem, 11 de agosto de 2012, eu, David, Talles, Evandro (um drogado safado que eu não fui com a cara dele desde o primeiro momento que o conheci, nesse dia disse ele que estava apaixonado pelo Talles, mentira, sua beleza não influi e nem muda minha opinião) fomos para a Boate Metrópole. Chegando lá começamos a beber, dançar e curtir a “night”. Evandro encontrou uns amigos dele e foi para o banheiro cheirar loló, depois disso não vimos mais ele, a prova que ele não estava nem aí para o Talles.

  Com o desprezo de Evandro, Talles perdeu o ânimo de dançar e foi sentar-se no sofá, totalmente arrasado, e olhe que ele nem namorava o Evandro. Percebi a tristeza em seu semblante acompanhada de lágrimas. Enquanto David foi buscar mais bebida pra nós, fui até Talles, sentei ao seu lado e comecei acalma-lo, dizendo que se iludir por Evandro não vale a pena, ele é um rapaz de família, trabalha, estuda, mas infelizmente é viciado em drogas e não quer nada sério.

  Conversamos bastante, até que ele se animou e disse que não adiantaria está derramando lágrimas por quem não merece, ele deu uma pausa, respirou fundo, e falou com sinceridade fitando-me: — A partir de agora Jackson, tô nem aí para os outros, vou correr atrás do que eu quero e quem não gostar, que se dane.

 Com a minha ingenuidade de amigo confiante, nem me toquei que ele estava se referindo a mim. Neste momento David chegou com as bebidas, entregou uma a mim e outra a Talles. Ele sentou-se do lado dele dando a maior atenção, enquanto eu bebia e curtia a música que rolava deixando os dois conversarem.

A cura da traição (Conto Erótico Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora