CHAPTER 02

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LILI REINHART

As últimas horas foram um borrão, minha mente não descansou nem um minuto sequer.

A imagem dele estava presa em meus pensamentos, havia algo na maneira como Cole olhava para você enquanto ele falava. Ele dava a você cada fragmento de sua atenção. Seus olhos eram dois holofotes gigantes em mim que afogaram o resto do mundo.

Sentindo minhas bochechas esquentarem, eu repassei minhas únicas chances em resolver essa situação.

1 - Poderia me esconder em qualquer cidadezinha nos arredores de Los Angeles até o feriado acabar.

2 - Insultar Cole por me colocar nessa situação e esfregar em sua cara que não vou ajudá-lo.

3 - Ser gentil e pisar no meu orgulho ao aceitar a proposta de Cole.

— Inferno! — supliquei ao levantar da cama e sentir a visão turva.

Eu me sentia mais cansada que o comum naquela tarde. Talvez tivesse a ver com o fato de não ter pregado os olhos depois que Cole saiu de meu apartamento.

O dia se arrastou e eu duvidei de mim mesma quando percebi que não havia feito nada além de pensar no que me atormentava.

Eu juntei outra bola do pinheiro natalino. Amava o natal, mas estar a duas horas tentando montar uma árvore de dois metros e meio me fazia rever meus gostos. Sejamos sinceros, eu não conseguiria fazer nada se continuasse a pensar nisso.

Tenho que dar um fim nessa história antes que enlouqueça de uma vez. 

Recorreria a Camila, ela saberia me aconselhar diante a situação, bem, é o que eu espero. Então marquei de encontrá-la em um restaurante no centro de LA.

Eu te contaria sobre meus encontros mas pela sua cara da pra perceber que se meteu em encrenca, amigadisse Camila enquanto lia o cardápio no tablet que listava os pratos — me diz que não está grávida.

— Vira essa boca pra lá, Cami — a repreendi enquanto pensava em como contar tudo a ela.

Você está me deixando nervosa. — disse erguendo os olhos do menu.

Fiz uma pausa, momentaneamente perplexa sobre como responder a isso.

Ontem na madrugada Cole me procurou...

— Oh merda, você finalmente transou com ele? — falou perplexa com um sorriso de orelha a orelha.

Não sua maluca, eu o odeio e nunca iria transar com ele.

Ela ergueu as sombrancelhas e eu soube que teria que contar a situação de uma vez, e foi o que eu fiz nos minutos seguintes.

— ...Foi isso, agora não sei o que fazer e nem sei o que responder.

Nossa comida chegou e comemos em silêncio, Camila estava pensativa e com certeza estaria planejando sua resposta enquanto analisava a situação.

Limpando o ketchup do canto da boca, quebrei aquele silêncio que me incomodava.

Estou tão fodida que nem você consegue me dizer o que fazer.

𝗱𝗮𝗻𝗴𝗲𝗿𝗼𝘂𝘀 𝗹𝗶𝗲𝘀 • 𝘴𝘱𝘳𝘰𝘶𝘴𝘦𝘩𝘢𝘳𝘵  Onde histórias criam vida. Descubra agora