𝗱𝗮𝗻𝗴𝗲𝗿𝗼𝘂𝘀 𝗹𝗶𝗲𝘀 • 𝘴𝘱𝘳𝘰𝘶𝘴𝘦𝘩𝘢𝘳𝘵

CHAPTER 11

COLE SPROUSE

Sorrio enquanto meus dedos fazem uma carícia sobre a pele macia e brilhante.

É surpreendente seu poder de sedução mesmo que silencioso e sutil, é inacreditável o modo como eu perco a lógica e toda minha invulnerabilidade ao lado dela. É incrível como eu me sinto estranho com o estômago revirando, apenas pensando no
fato de que não temos nada além de um caso passageiro.

Eu ainda não dormi, não consigo. Lili
está adormecida em meus braços, novamente cansada depois de transamos em cada parte da minha casa. Nunca me sacio da delicadeza, do perfume inebriante, do cabelo sedoso, da pele acetinada e do corpo receptivo que me espera sempre com verdadeiros sinais de excitação.

Eu não consigo dormir porque meus
pensamentos vão ao passado, voltam ao presente e tornam a ir ao passado com uma velocidade impressionante. Tento buscar alguma ocasião em que tenha me sentido tão confuso desse jeito. Confuso, mas muito tranquilo, se o mundo acabar agora estarei feliz e satisfeito. E isso me azucrina, por que estou feliz apenas por ter dormido com uma mulher?

Mas eu não poderia me dar o luxo de ter algo além de um caso com Lili, não sou bom para ela e tenho certeza de que uma garota como ela não ficaria comigo ao saber de pelo menos uma parte do meu passado.

Passado.

Isso volta a me atormentar todas as vezes que eu penso em ter uma mulher ao meu lado. Automaticamente me lembro de Mia. Vadia desgraçada.

Até um tempo atrás, eu me sentia agradecido por ela ter me ajudado no passado, mesmo mantendo-me a distância. Mas agora eu não conseguia me manter do mesmo modo diante da ameaça iminente que ela traz. Eu não posso repetir o mesmo erro de quando tinha 23 anos. Ela tem nas mãos toda minha vida e se eu conseguir de algum modo tirar esse poder dela...

Eu escondo segredos, isso não é bom para um possível relacionamento futuro. Apenas minha família sabe e na minha última visita a eles minha mãe me alertou sobre ; "se quiser traze-la para nossa família, seja sincero e conte a ela, não esconda nada."

Suspirei atormentado demais, sinto-me sufocado quando me lembro disso.

Lili se mexe e aninha a cabeça em
meu peito. Aperto mais meus braços ao redor do corpo dela, com nossas pernas entrelaçadas debaixo do lençol.

Tão doce, nem se eu quisesse ter algo a mais com ela não  poderia. Ela desconfiaria das minhas viagens duas vezes na semana e minhas saídas no sábado. Ela exigiria saber o por que disso e eu teria que conta-la que minha ex mulher é uma vadia interesseira e possesiva que teve um filho comigo há um ano atrás e me ameaça quando apareço com uma possível namorada.

Conheci Mia numa balada em Seattle, viajei para farrear com alguns amigos, bebi demais e lembro-me de ter passado a noite com a morena de olhos escuros, três semanas depois ela me ligou alegando estar grávida, exigi um teste e para minha - infelicidade - ou não o bebê era meu.

Talvez um dia eu tenha coragem de dizer a Lili sobre meu passado, mas por enquanto manterei meu filho e meu passado em segredo.

{...}

LILI REINHART

A sensação é deliciosa, os lençóis macios envolvendo meu corpo e a brisa fria da noite. Demorei a lembrar de que esse não é o meu quarto e que estou sozinha na enorme cama.

O quarto de Cole é tão grande quanto o resto da casa, procurei minhas roupas e não tive sucesso então a solução foi vestir a blusa usada por Cole mais cedo.